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Comércio registra alta de 0,2% em agosto, quebrando sequência de quedas

Após quatro meses de retração, as vendas no comércio brasileiro registraram um crescimento de 0,2% em agosto, interrompendo um ciclo de quedas e apontando para [...]

Dados do IBGE revelam estabilização do setor após quatro meses de retração, impulsionada por dólar e inflação.

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Após quatro meses de queda, o comércio brasileiro registrou alta de 0,2% em agosto, impulsionado por fatores como a desvalorização do dólar e a inflação negativa, segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE. Cinco dos oito segmentos pesquisados apresentaram crescimento, com destaque para equipamentos de escritório e vestuário. No comércio varejista ampliado, o crescimento foi de 0,9% no mesmo período. Apesar da melhora, o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, ressalta que o setor ainda se encontra abaixo do pico registrado em março de 2025.

Após quatro meses de retração, as vendas no comércio brasileiro registraram um crescimento de 0,2% em agosto, interrompendo um ciclo de quedas e apontando para estabilização.

Após quatro meses de retração, as vendas no comércio brasileiro registraram um crescimento de 0,2% em agosto, interrompendo um ciclo de quedas. O resultado, divulgado em uma quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) através da Pesquisa Mensal de Comércio, aponta para uma estabilização no setor.

Embora o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, tenha ressaltado que o movimento representa mais uma interrupção da tendência de baixa do que uma “virada de chave”, o setor demonstra sinais de recuperação. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, agosto de 2025 apresentou uma elevação de 0,4% nas vendas.

O panorama geral indica que, mesmo com a alta recente, o comércio ainda se encontra 0,7% abaixo do ponto mais elevado atingido em março de 2025. Contudo, mantém-se 9,4% acima do patamar observado antes da pandemia de covid-19, em fevereiro de 2020. No acumulado de 12 meses, o crescimento é de 2,2%, embora essa taxa mostre uma desaceleração desde o pico de 4,1% registrado em dezembro de 2024.

A análise do IBGE revelou que cinco dos oito segmentos investigados tiveram desempenho positivo entre julho e agosto. Destaques incluem equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, com expressivo aumento de 4,9%, e tecidos, vestuário e calçados, que avançaram 1%. Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria cresceram 0,7%, enquanto móveis e eletrodomésticos, e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, subiram 0,4% cada. Por outro lado, o segmento de livros, jornais, revistas e papelaria registrou queda de 2,1%.

Cristiano Santos explicou que diversos fatores contribuíram para a melhora. A desvalorização do dólar frente ao real, por exemplo, tornou produtos importados mais acessíveis, beneficiando o setor de informática. Já o Dia dos Pais impulsionou as vendas de calçados. A inflação negativa de 0,11% em agosto também foi um elemento favorável ao consumo. Além disso, apesar da persistência de juros elevados, o volume de empréstimos para pessoas físicas aumentou 1,5% em relação a julho, o que indiretamente estimulou o consumo.

No âmbito do comércio varejista ampliado, que engloba atividades como veículos, motos, partes e peças, além de material de construção, o crescimento foi de 0,9% de julho para agosto, com um acúmulo de 0,7% nos últimos 12 meses. O levantamento do IBGE, que abrange um total de 6.770 empresas em todo o país, não apontou efeitos perceptíveis de medidas comerciais externas, como o “tarifaço americano”.

Em um contexto mais amplo, o IBGE também divulgou que outros setores da economia brasileira mostraram vitalidade em agosto, com os serviços expandindo 0,1% e a indústria crescendo 0,8%, esta última interrompendo quatro meses sem alta.

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