A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) estaria “bem e em segurança na Itália”, segundo declaração feita na manhã desta quinta-feira por Paulo Figueiredo em uma rede social. Figueiredo relatou ter conversado com a parlamentar quando ela ainda estava no aeroporto. A defesa de Zambelli não se manifestou sobre o caso.
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A situação de Zambelli se agrava após o Supremo Tribunal Federal (STF) condená-la, por unanimidade, no dia 14 de maio, a dez anos de prisão por invasão a dispositivo informático e falsidade ideológica. A condenação partiu dos votos do relator do caso e dos ministros.
Na quarta-feira, o ministro Alexandre de Moraes ordenou a prisão preventiva da deputada, determinando também o bloqueio de seus bens e solicitando a inclusão de seu nome na lista vermelha da Interpol. A decisão foi tomada após pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), motivado pela informação de que a parlamentar havia deixado o país menos de um mês após a condenação. Zambelli inicialmente informou estar na Itália, mas foi localizada na Flórida, nos Estados Unidos, último local que havia informado estar.
A Primeira Turma do STF julgará nesta sexta-feira o recurso apresentado pela deputada contra a condenação pela invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Em sessão virtual, os ministros analisarão o recurso da defesa, que busca reverter a pena de dez anos de prisão por crimes de coação e obstrução de Justiça. O julgamento ocorrerá sem debates, com os ministros depositando seus votos e justificativas.
Zambelli enfrenta acusações graves, incluindo suposto envolvimento na invasão do sistema do CNJ, em parceria com o hacker Walter Delgatti Neto, com o objetivo de criar um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes. Além disso, a deputada é acusada de perseguição armada em 2022 e de tentar influenciar militares a manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder após a vitória de Lula nas eleições.