Ataques aéreos israelenses atingiram duas fábricas de produção de centrífugas no Irã, informou a Internacional de Energia Atômica da ONU (AIEA) nesta quarta-feira (18). As instalações, localizadas em Teerã e Karaj, desempenhavam um papel crucial no programa nuclear iraniano, fornecendo equipamentos para o enriquecimento de urânio.
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Em Teerã, um edifício dedicado à fabricação de componentes avançados para centrífugas foi alvo dos ataques. Já em Karaj, dois prédios onde diferentes componentes de centrífugas eram produzidos foram completamente destruídos. A AIEA confirmou que ambos os locais estavam sob monitoramento constante pela .
O diretor da AIEA, Rafael Grossi, expressou preocupação com o risco de vazamento radiativo em caso de novos ataques, especialmente nas centrais de Fordow e Isfahan. Ele alertou que Fordow, onde o Irã concentra a maior parte do enriquecimento de urânio em instalações subterrâneas, e Isfahan, que abriga significativo material nuclear, representam um perigo radiológico regional se forem atacadas.
O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, respondeu aos ataques, afirmando que qualquer intervenção direta dos Estados Unidos no conflito resultaria em “consequências sérias e irreparáveis” e uma resposta imediata do Irã. Em um pronunciamento na estatal, Khamenei reiterou que o Irã não se renderá, refutando as exigências de “rendição incondicional” feitas pelo presidente dos EUA.
O conflito direto entre Irã e Israel já se estende por seis dias, marcado por intensos bombardeios de ambos os lados. Os ataques resultaram em mais de 240 mortes e milhares de feridos, segundo dados oficiais divulgados pelos países envolvidos.
Diante da escalada do conflito, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmail Baghaei, alertou que qualquer envolvimento dos Estados Unidos poderia desencadear uma “guerra total” no Oriente Médio. Bagheri enfatizou que tal ação seria “extremamente imprudente e irresponsável”.