O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, intensificou seus esforços diplomáticos, apelando aos países do Sul Global para que exerçam pressão sobre a Rússia em busca da paz. O objetivo é trazer o líder russo, Vladimir Putin, à mesa de negociações para discutir um cessar-fogo e uma solução para o conflito em curso.
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Após uma conversa com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, Zelensky utilizou a plataforma X para expressar sua abertura a negociações com Moscou, lamentando o que considera tentativas russas de prolongar o impasse. Ele enfatizou a importância de que o Sul Global envie sinais claros e exerça influência para impulsionar a Rússia em direção a um acordo de paz.
As potenciais condições para um acordo de paz, segundo fontes próximas ao governo russo, incluem a anexação do Donbass pela Rússia e garantias de que a Ucrânia não aderirá à OTAN nem permitirá a presença de tropas ocidentais em seu território. Essas exigências contrastam com declarações anteriores sobre o envio de tropas ocidentais para a Ucrânia após o fim do conflito e a manutenção de “muito território” ucraniano.
A região do Donbass, composta por Donetsk e Luhansk, tem sido palco de tensões históricas. Zelensky já declarou que não cederá o Donbass, argumentando que tal concessão encorajaria novas expansões territoriais russas em direção à Europa.
Em junho de 2024, a Rússia teria apresentado demandas territoriais mais amplas, incluindo Kherson e Zaporizhzhia, que foram rejeitadas por Kiev como equivalentes à rendição. A nova proposta russa mantém a exigência de retirada ucraniana das áreas do Donbass ainda sob seu controle, em troca da interrupção das linhas de frente em Zaporizhzhia e Kherson. Estima-se que a Rússia controle aproximadamente 88% do Donbass e 73% de Zaporizhzhia e Kherson.
Fontes indicam que Moscou estaria disposta a devolver pequenas áreas das regiões de Kharkiv, Sumy e Dnipropetrovsk como parte de um possível acordo. No entanto, Putin insiste em garantias de que a Ucrânia não buscará adesão à OTAN e que a aliança militar se comprometerá formalmente a não se expandir para o leste, além de proibir o envio de tropas ocidentais à Ucrânia, mesmo como parte de uma força de paz.
Especialistas apontam que as exigências russas podem ser inviáveis para Kiev e interpretam as ações de Moscou como uma estratégia diplomática em vez de um sinal de real disposição para negociar.