O vice-secretário de Estado dos Estados Unidos, Christopher Landau, expressou profundo pesar pela recente operação de imigração em território americano que resultou na detenção de mais de 300 trabalhadores sul-coreanos. O lamento foi manifestado durante encontro com o primeiro vice-ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Park Yoon-joo, no domingo (14). Landau propôs que o incidente sirva como um “ponto de virada” para o fortalecimento das relações bilaterais.
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A operação de imigração, realizada em uma fábrica da Hyundai na Geórgia, resultou na prisão de 475 imigrantes de diversas nacionalidades, incluindo os 316 sul-coreanos que retornaram ao seu país de origem na última sexta-feira (12), desembarcando no Aeroporto Internacional de Incheon.
O presidente Donald Trump chegou a oferecer aos trabalhadores sul-coreanos a oportunidade de permanecer nos Estados Unidos para treinar a mão de obra americana. No entanto, a maioria optou por retornar para a Coreia do Sul. Apenas um trabalhador aceitou a proposta. A sugestão de Trump causou atraso na partida do voo para a Coreia do Sul, conforme declarou o presidente sul-coreano, Lee Jae Myung.
Vídeos divulgados pelo governo Trump mostraram a operação em detalhes, com agentes do ICE (Serviço de Imigração e Alfândega) chegando em grande número à fábrica e conduzindo os trabalhadores asiáticos para fora do prédio, onde foram algemados e colocados em ônibus.
A operação, que envolveu helicóptero e veículos blindados, gerou preocupação sobre a legalidade da situação imigratória de todos os detidos. O governo Trump alegou que todos estavam trabalhando ilegalmente, em desacordo com os termos de seus vistos.
O incidente ocorre em um momento de tensões entre Washington e Seul, com divergências sobre um acordo comercial que envolve investimentos sul-coreanos nos Estados Unidos. Analistas apontam que a crescente campanha anti-imigração do governo Trump pode complicar ainda mais as relações entre os dois países.