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Venezuela busca apoio do Brics para adesão e participação em conselho popular

Movimentos sociais venezuelanos formalizaram nesta terça-feira um pedido para que o país participe do Brics e do Conselho Popular do bloco, uma organização que reúne entidades da sociedade civil dos países membros. A solicitação foi entregue em carta durante a primeira reunião presencial do conselho, [...]

Movimentos sociais venezuelanos formalizaram nesta terça-feira um pedido para que o país participe do Brics e do Conselho Popular do bloco, uma organização que reúne entidades da sociedade civil dos países membros. A solicitação foi entregue em carta durante a primeira reunião presencial do conselho, realizada no Rio de Janeiro.

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Movimentos sociais venezuelanos formalizaram um pedido para que o país participe do Brics e do Conselho Popular do bloco, entregue durante a primeira reunião presencial do conselho no Rio de Janeiro. A deputada Blanca Eekhout e Cesar Carias, do Movimento Indígena Unido de Venezuela (MIUVEN), defenderam a entrada da Venezuela, buscando superar um veto anterior imposto pelo Brasil devido a preocupações com a transparência eleitoral. Rússia e China apoiam a inclusão da Venezuela no Brics, que busca alternativas ao dólar e maior participação da sociedade civil através do Conselho Popular, criado em 2024. O documento final do Conselho Popular apoiará a ampliação dos membros plenos do bloco na América Latina, atualmente representada apenas pelo Brasil.

A deputada venezuelana Blanca Eekhout, também presidente do Instituto Simón Bolívar de Amizade com os Povos, foi responsável pela entrega do documento. Segundo ela, a carta expressa o desejo dos movimentos sociais venezuelanos, incluindo grupos de mulheres, conselhos comunitários e povos originários, de integrarem o bloco. “O Brics é um mundo novo, multipolar, pluricêntrico, que a Venezuela aposta desde o início”, afirmou Eekhout.

Cesar Carias, representante do Movimento Indígena Unido de Venezuela (MIUVEN), também defendeu a entrada do país no Brics, solicitando a superação de um veto anterior imposto à Venezuela. “Agradecemos o convite para estar aqui, mas, ao mesmo tempo, com muito respeito, solicitamos que seja eliminado o veto imposto ao nosso país e que a nossa voz não seja calada”, declarou Carias, enfatizando que os povos indígenas e os movimentos sociais venezuelanos desejam fazer parte do grupo.

No ano anterior, o Brasil justificou o veto à adesão da Venezuela devido a preocupações com a transparência nas eleições presidenciais do país. Por outro lado, Rússia e China expressaram apoio à inclusão da Venezuela, levando especialistas a avaliarem que a adesão do país ao bloco é apenas uma questão de tempo.

O documento final do Conselho Popular, que será apresentado à cúpula do Brics, apoiará a ampliação dos membros plenos do bloco na América Latina. Atualmente, apenas o Brasil representa a região como membro pleno.

João Pedro Stédile, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e do Alba Movimentos, manifestou surpresa com o veto do Brasil à Venezuela. Ele defendeu a necessidade de expandir o número de países no Brics, especialmente na América Latina, incluindo países como Colômbia, México, Uruguai e Chile, para fortalecer o bloco no Sul Global.

O Brics, composto por Brasil, Rússia, Índia e China, busca criar um sistema alternativo que reduza a dependência do dólar nas transações globais. O Conselho Popular do Brics foi criado em 2024 com o objetivo de incentivar a participação da sociedade civil nas decisões estratégicas do bloco.

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