A Ucrânia intensificou seus ataques com drones contra a Rússia, culminando em um incêndio em uma usina nuclear, coincidindo com as celebrações do Dia da Independência ucraniana. O ataque ocorreu em um momento de impasse nas negociações de paz com o governo de Vladimir Putin, apesar de recentes esforços diplomáticos.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Resumo rápido gerado automaticamente
Um dos drones foi abatido sobre a Usina Nuclear de Kursk, no oeste da Rússia, onde explodiu ao cair, provocando um incêndio. A administração da usina informou que o fogo foi controlado e não houve vítimas ou aumento nos níveis de radiação. A Internacional de Energia Atômica (AIEA) tem alertado sobre os riscos de combates próximos a usinas nucleares desde a invasão russa em larga escala.
Moscou também relatou a derrubada de drones em áreas distantes da linha de frente, incluindo São Petersburgo. No porto de Ust-Luga, no Golfo da Finlândia, dez drones foram abatidos, mas um deles atingiu um terminal de combustíveis da Novatek, causando um incêndio, segundo o governador regional.
Com um exército menor e menos equipado, a Ucrânia tem utilizado drones como uma estratégia fundamental, especialmente contra a infraestrutura de petróleo russa. Os ataques já resultaram em um aumento nos preços de combustíveis na Rússia.
Na madrugada de domingo, a Ucrânia foi alvo de um ataque russo com um míssil balístico e 72 drones kamikaze iranianos Shahed, dos quais 48 foram derrubados, segundo a força aérea ucraniana. Um ataque com drone matou uma mulher na região de Dnipropetrovsk.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reafirmou que não cederá territórios à Rússia, declarando: “É assim que a Ucrânia reage quando seus apelos por paz são ignorados”. Zelensky também agradeceu as mensagens de apoio enviadas por líderes internacionais, incluindo o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, que participou das comemorações em Kiev, defendendo “uma paz justa e duradoura para a Ucrânia”.
A Rússia controla atualmente cerca de um quinto do território ucraniano, incluindo a Crimeia, anexada em 2014. O conflito já forçou milhões de pessoas a deixarem suas casas e devastou cidades e vilarejos no leste e no sul do país.