Em uma atitude que gerou repercussão, o governo Trump substituiu a foto de Joe Biden na galeria de presidentes da Casa Branca pela imagem de uma caneta automática. A ação foi divulgada nas redes sociais oficiais da Casa Branca, acompanhada de legendas que sugerem ironia.
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A galeria, conhecida como Presidential Walk of Fame, exibe os retratos de todos os presidentes dos Estados Unidos. Em uma das postagens, o próprio Donald Trump aparece inspecionando os quadros, com a imagem da caneta automática posicionada entre duas fotos oficiais suas. Um vídeo divulgado por uma assessora de comunicação do governo também mostra a galeria, com foco na substituição da foto de Biden.
A caneta automática, ou “autopen”, é um dispositivo utilizado para replicar assinaturas. Embora presidentes americanos o utilizem há décadas, Trump criticou o uso da ferramenta por Biden, alegando que perdões presidenciais concedidos por meio desse mecanismo seriam inválidos. O governo republicano chegou a anunciar uma investigação sobre o caso.
Biden admitiu ter usado o “autopen” para emitir perdões presidenciais no final de seu mandato, justificando a prática pelo grande volume de documentos a serem assinados. Ele afirmou que a decisão de conceder os perdões foi sua e que o uso do dispositivo foi autorizado verbalmente por ele.
A utilização de “autopens” pelo governo dos EUA remonta a décadas, inicialmente para funções que exigiam múltiplas assinaturas. O perdão presidencial é um poder constitucional que permite ao presidente conceder o benefício a qualquer pessoa.
Nos últimos dias de seu governo, Biden emitiu perdões para familiares e funcionários, além de reduzir sentenças de milhares de condenados por crimes não violentos. Trump alega que Biden não estaria apto a governar e que o uso do “autopen” seria uma forma de acobertar um escândalo. Uma investigação foi iniciada para apurar o caso, com pedidos de depoimentos por escrito a ex-assessores de Biden.