O presidente Donald Trump declarou que a China precisa fornecer ímãs aos Estados Unidos, sob a ameaça de imposição de uma tarifa de 200%, em meio à contínua disputa comercial entre as duas nações.
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A China tem demonstrado sensibilidade crescente em relação às terras raras e ao controle de sua oferta. Em abril, o país asiático incluiu diversos itens desse setor, incluindo ímãs, em uma lista de restrições de exportação, em resposta ao aumento de tarifas pelos EUA.
As terras raras são um grupo de 17 elementos químicos abundantes em vários países, com concentrações significativas na China e no Brasil. São elementos estratégicos para a indústria de tecnologia. Ímãs potentes frequentemente são feitos de ligas que contêm elementos de terras raras, como neodímio e samário. Disprósio pode ser adicionado para aumentar a estabilidade térmica, especialmente em aplicações industriais e tecnológicas de alta performance.
A ameaça representa mais um capítulo na disputa comercial e tecnológica entre as duas maiores economias do mundo. O embate se intensificou no segundo trimestre, após o anúncio de tarifas adicionais. Recentemente, os países chegaram a acordos para reduzir as taxas.
Em agosto, o Ministério do Comércio da China anunciou a suspensão temporária de tarifas adicionais sobre produtos dos EUA, por um período de 90 dias, após o presidente americano assinar uma ordem executiva que estende a trégua tarifária entre os dois países. O governo chinês afirmou que as tarifas de 10% atualmente aplicadas sobre produtos americanos seriam mantidas durante esse período.
Em maio, os dois países concordaram em reduzir temporariamente as chamadas “tarifas recíprocas” por um período de 90 dias. As tarifas aplicadas pelos EUA sobre importações chinesas diminuíram de 145% para 30%, enquanto as taxas impostas pela China sobre produtos americanos foram reduzidas de 125% para 10%.
Posteriormente, Trump acusou a China de violar o acordo. Em resposta, a China pediu que os EUA acabem com as “restrições discriminatórias” contra Pequim e que os dois lados “mantenham conjuntamente o consenso alcançado nas negociações”. O governo americano enfrenta críticas internas, inclusive de aliados, desde o início do tarifaço, implementado com o objetivo de reduzir o déficit comercial dos EUA e obter poder de barganha em negociações geopolíticas.