Um tribunal em Jerusalém adiou os depoimentos do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, réu em um processo por corrupção. As audiências, originalmente marcadas para 30 de junho e 2 de julho, foram suspensas após alegações da defesa de que Netanyahu precisa se concentrar em questões de segurança nacional.
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A decisão representa uma reviravolta, visto que a Corte inicialmente havia rejeitado pedidos de adiamento, argumentando que a defesa não apresentou justificativas detalhadas para o cancelamento das audiências. A juíza Rivka Friedman-Feldman havia declarado que a solicitação não apresentava uma fundamentação detalhada que justificasse o cancelamento.
Entretanto, em uma audiência excepcional realizada neste fim de semana, com a presença de Netanyahu e chefes das Forças israelenses, a Justiça reconsiderou sua posição.
O adiamento ocorre após um apelo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que se manifestou nas redes sociais classificando o processo como uma “caça às bruxas política” e comparando-o com seus próprios problemas legais. Trump alegou que o processo prejudicaria as negociações com o Irã e o Hamas.
Netanyahu expressou gratidão a Trump pelo apoio em suas redes sociais.
Netanyahu e sua esposa, Sara, são acusados de aceitar mais de US$ 260.000 em bens de luxo, incluindo charutos, joias e champanhe, de bilionários em troca de favores políticos. Em outros dois casos, o primeiro-ministro é acusado de tentar negociar uma cobertura mais favorável de dois meios de comunicação israelenses.
O indiciamento ocorreu em 2019, com acusações de suborno, fraude e quebra de confiança, que Netanyahu nega. Solicitações de adiamento no julgamento ocorrem desde maio de 2020.
Na decisão deste domingo, os juízes afirmaram que as explicações fornecidas continham informações substancialmente adicionais em relação às solicitações anteriores, o que justificou o cancelamento das audiências agendadas.