As tensões entre Estados Unidos e Venezuela atingiram um novo patamar após uma série de eventos recentes, culminando com o envio de jatos F-35 americanos ao Caribe. A medida foi tomada após caças venezuelanos armados sobrevoarem um destróier norte-americano em missão no Mar do Caribe. O Departamento de Defesa americano classificou a ação venezuelana como “altamente provocativa”.
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O incidente ocorreu poucos dias depois que militares dos EUA bombardearam um barco no Caribe, alegando que a embarcação transportava drogas e pertencia à gangue venezuelana Tren de Aragua, considerada uma organização terrorista pelo governo americano.
O presidente dos EUA, Donald Trump, acusou o líder venezuelano Nicolás Maduro de controlar o Tren de Aragua, além de responsabilizá-lo por “assassinatos em massa, tráfico de drogas, tráfico sexual e atos de violência e terror nos Estados Unidos”.
A embarcação americana está posicionada no sul do Caribe em uma operação que visa combater o tráfico internacional de drogas. A região conta com a presença de outros navios dos EUA, além de um submarino nuclear.
A escalada recente se soma a um histórico de tensões entre os dois países. Em 2017, Trump já havia mencionado uma “opção militar” para a Venezuela. Em janeiro de 2019, Maduro rompeu relações diplomáticas com os EUA após Juan Guaidó se declarar presidente interino com o apoio de Washington.
Em março de 2020, os EUA acusaram formalmente Maduro de narcoterrorismo e ofereceram uma recompensa de US$ 15 milhões por informações que levassem à sua captura. Em agosto, essa recompensa foi elevada para US$ 50 milhões. O governo venezuelano respondeu às acusações, classificando-as como “tolas”.
Em meados de agosto, os Estados Unidos começaram a enviar tropas para a América Latina sob o pretexto de combater cartéis de drogas. No mesmo período, a porta-voz do governo americano afirmou que Trump usaria “toda a força” contra o regime venezuelano. Em resposta, Maduro anunciou a mobilização de milhões de milicianos.
No final de agosto, Maduro visitou tropas com farda militar e prometeu defender a soberania venezuelana contra a “guerra psicológica” empregada pelo governo Trump. O governo venezuelano também enviou uma carta à ONU pedindo ajuda diante do avanço da frota americana ao Caribe. Maduro chegou a afirmar que a Venezuela entraria em uma “luta armada” caso fosse agredida, alegando que embarcações militares dos EUA estavam próximas do país.