Tempestades intensas, como furacões, estão expondo fragmentos e artefatos de embarcações naufragadas há séculos, desde as praias da Carolina do Norte até os recifes das Bermudas. Moradores e turistas têm encontrado vestígios de naufrágios e possíveis tesouros marítimos.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Resumo rápido gerado automaticamente
As costas da Carolina do Norte e do Sul, nos Estados Unidos, e das Bermudas, possuem uma alta concentração de naufrágios. Furacões desenterram cascos, artefatos e cargas perdidas. Arqueólogos catalogam e protegem essas descobertas, mas muitos achados são feitos por viajantes comuns.
A Carolina do Norte, conhecida como “Cemitério do Atlântico”, abriga mais de mil naufrágios, de navios da Guerra Civil a submarinos alemães. As Bermudas, com seus recifes, afundaram mais de 300 embarcações desde o século XVI. Philippe Rouja, responsável pelos naufrágios nas Bermudas, protege mais de 40 navios submersos e mapeia centenas de outros. Tempestades revelam tesouros escondidos.
Mergulhadores certificados que visitam a região na temporada de furacões (junho a novembro) podem encontrar artefatos não vistos há séculos. Qualquer objeto, de um sapato a uma lata de anchovas, pode ajudar a identificar um naufrágio. Na Carolina do Norte, muitos achados foram encontrados sob dunas de praia. O navio Corolla, por exemplo, foi descoberto após um forte vendaval.
Caçadores de tesouros devem documentar e relatar suas descobertas ao Departamento de Recursos Naturais e Culturais da Carolina do Norte. O estado tem um programa para relatar achados e participa do programa nacional de marcação de naufrágios arqueológicos da Flórida. Na Carolina do Sul, tempestades revelam fósseis. Katie Lyons, da Charleston Fossil Adventures, organiza excursões de caça a fósseis. Após um furacão, encontraram um osso do braço de uma foca-monge da Era Glacial.
O caçador de tesouros Teddy Tucker descobriu a “Cruz de Tucker” em 1950. Rouja sugere explorar áreas próximas a naufrágios. Especialistas preveem que, com a intensificação das tempestades devido às mudanças climáticas, mais destroços surgirão, criando oportunidades para reescrever a história marítima.