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Teerã Sitiada: Medo e Desespero Marcam o Dia a Dia dos Iranianos

Em meio à escalada do conflito, iranianos relatam viver sobressaltados entre o regime local e a destruição de ataques. Teerã enfrenta longas filas em postos de gasolina e padarias, com muitos tentando fugir da capital em meio a noites de medo e incerteza. Moradores expressam [...]

Em meio à escalada do conflito, iranianos relatam viver sobressaltados entre o regime local e a destruição de ataques. Teerã enfrenta longas filas em postos de gasolina e padarias, com muitos tentando fugir da capital em meio a noites de medo e incerteza. Moradores expressam confusão, impotência e emoções conflitantes diante da situação.

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Em Teerã, iranianos enfrentam medo e incerteza devido ao conflito, com relatos de longas filas, tentativas de fuga e falta de abrigos, enquanto o governo sugere mesquitas e estações de metrô como refúgio. Moradores expressam confusão e impotência, divididos entre oposição ao regime e indignação com ataques ao país, que já contabiliza mais de 220 mortos, incluindo mulheres e crianças. A desconfiança nas autoridades é generalizada, e a população teme que o Irã se torne um cenário de guerra similar a outros países do Oriente Médio, com relatos de carros-bomba intensificando o pânico. A diáspora iraniana manifesta preocupação com a situação, dividida entre a satisfação com a eliminação de membros do regime e a dor pelas vítimas civis, temendo a falta de informações precisas.

Uma estudante de música de 21 anos relata noites em claro e a decisão de seu pai de permanecer em casa, considerando mais honroso morrer em seu lar do que fugir. Ela se sente presa entre o governo do Irã e as ações de Israel, temendo que Teerã se transforme em um cenário similar ao de Gaza. Rejeita qualquer intervenção externa, afirmando que nenhum país estrangeiro se importa com o Irã e que a população não deseja a República Islâmica.

Outra mulher relata um sentimento inicial de “estranha empolgação” diante da morte de oficiais militares iranianos, seguido por pesar, medo e tristeza ao saber de vítimas civis. Sua tristeza se transformou em raiva ao saber que o campo de gás de South Pars foi atingido, temendo que o objetivo fosse destruir o Irã. Pela primeira vez em sua vida, ela começou a se preparar para a ideia de morrer.

Autoridades iranianas relatam mais de 220 mortos, incluindo mulheres e crianças. Diferentemente de Israel, não há avisos de ataques iminentes nem abrigos. Além dos mísseis, relatos de carros-bomba em Teerã intensificam o pânico e a confusão.

A desconfiança nas autoridades é generalizada, mesmo entre alguns apoiadores do regime. O governo sugere abrigos em mesquitas e estações de metrô, mas as explosões parecem ocorrer aleatoriamente. Moradores relatam que todos os bairros de Teerã foram afetados e que a principal preocupação é verificar a segurança de amigos e familiares. Famílias estão deixando suas casas em busca de áreas mais seguras, embora em um país como o Irã, a incerteza persista.

O conflito divide a população, com alguns comemorando as perdas do regime e outros indignados com o apoio a Israel. Divisões amargas surgem inclusive entre famílias. Uma mulher compara a situação às primeiras horas após o Titanic atingir o iceberg, com reações que variam entre fuga, negação e indiferença. Apesar de se opor ao governo, ela considera “indesculpável” as ações contra o país, afirmando que a vida de todos mudou para sempre. Muitos iranianos, mesmo aqueles que se opõem ao governo, perceberam que “a liberdade e os direitos humanos não vêm de bombas caindo em cidades onde vivem civis indefesos”. A maioria está assustada e preocupada com o futuro, preparando-se para o pior.

Membros da diáspora iraniana também expressam preocupação, mencionando a dificuldade de transmitir o que é ser iraniano neste momento. Há satisfação com a eliminação de membros do regime, mas também dor pelas mortes de civis. Há também a preocupação de que informações precisas não estão sendo divulgadas. Ninguém deseja que o Irã se transforme em outro Iraque, Síria ou Afeganistão, e a população não quer o regime, mas também não quer guerra.

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