Após décadas de interrupção, a Rússia e a Coreia do Norte retomaram voos comerciais diretos entre suas capitais, Moscou e Pyongyang. O primeiro voo de passageiros de Moscou para a capital norte-coreana decolou neste domingo, marcando um novo capítulo na crescente aproximação entre os dois países.
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A rota aérea, suspensa desde meados da década de 1990, foi reativada em meio ao estreitamento dos laços bilaterais, intensificados desde a invasão da Ucrânia em 2022. Em junho, o serviço ferroviário de passageiros entre as duas capitais, com duração de dez dias, também foi restabelecido.
Operado pela companhia aérea russa Nordwind Airlines, o voo inaugural utilizou um Boeing 777-200ER e partiu do aeroporto Sheremetyevo, nos arredores de Moscou, com mais de 400 passageiros a bordo. A duração da viagem é de aproximadamente oito horas.
As passagens para o voo inaugural foram vendidas a partir de 44.700 rublos e rapidamente se esgotaram. Inicialmente, a frequência será de um voo por mês, conforme informações do Ministério dos Transportes russo.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, visitou recentemente o resort litorâneo Wonsan-Kalma, na Coreia do Norte, demonstrando o interesse em promover o turismo russo no país. O complexo, com capacidade para quase 20 mil pessoas, é uma iniciativa do líder norte-coreano Kim Jong-un para impulsionar a economia local.
Embora a Coreia do Norte esteja gradualmente flexibilizando as restrições impostas durante a pandemia e reabrindo suas fronteiras, ainda não há informações sobre a retomada completa do turismo internacional.
Além da nova rota entre Moscou e Pyongyang, a Rússia já opera voos regulares para a capital norte-coreana a partir de Vladivostok, rota que foi retomada em 2023 após a pandemia.
A Rússia e a Coreia do Norte têm intensificado sua cooperação militar nos últimos anos, com acusações de fornecimento de artilharia e mísseis balísticos norte-coreanos à Rússia, negadas por ambos os países. Alegações de fontes ocidentais apontam para o envio de soldados e armamentos de Pyongyang para apoiar a campanha militar russa na Ucrânia, com Kim Jong-un declarando apoio “incondicional” aos esforços de Moscou no conflito.
