Forças russas realizaram um avanço significativo no leste da Ucrânia nos últimos dias, rompendo as linhas de frente e ganhando terreno em um importante corredor na região de Donetsk. Esta ofensiva ocorre em meio a preparativos para um encontro entre o presidente russo Vladimir Putin e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, agendado para sexta-feira, dia 15, no Alasca.
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O movimento russo é amplamente interpretado como uma tentativa de intensificar a pressão para obter vantagem em potenciais negociações e forçar a Ucrânia a ceder território, uma possibilidade que o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky tem rejeitado veementemente.
Mapas da guerra atualizados por fontes ucranianas indicam que as forças russas avançaram pelo menos 10 quilômetros ao norte em dois eixos distintos durante os últimos dias. A manobra representa uma das ofensivas mais intensas no último ano de conflito. Os russos avançaram sobre um trecho próximo às cidades de Kostiantynivka e Pokrovsk.
A área ocupada pelas forças russas agora representa uma ameaça à cidade de Dobropillia, um centro de mineração que tem testemunhado o abandono de civis e está sob ataque de drones russos. O objetivo de Moscou parece ser isolar ainda mais as últimas grandes áreas urbanas ainda sob controle ucraniano, em um esforço para conquistar a região de Donetsk integralmente. Essa região tem sido um ponto focal do conflito desde setembro de 2022, quando a Rússia anunciou sua anexação.
O Exército ucraniano reconheceu estar envolvido em intensos combates contra as forças russas que tentam penetrar suas defesas. O comandante das Forças Armadas da Ucrânia, Oleksandr Syrskyi, relatou que a Rússia está empregando sua superioridade numérica para tentar infiltrar as linhas de defesa ucranianas em pequenos grupos.
Enquanto isso, o presidente Zelensky acusou Moscou de preparar o terreno para novos ataques. Ele afirmou que as ações do Exército russo indicam preparativos para novas operações ofensivas.
Durante a semana, Trump chegou a sugerir que seria necessário ceder territórios para selar um acordo de paz. A reunião entre os dois líderes no Alasca marca a primeira cúpula presencial entre um presidente americano e um líder russo no cargo desde 2021.