Bucareste – O candidato de extrema-direita George Simion lidera o primeiro turno da eleição presidencial na Romênia, com 40% dos votos apurados, indicando a necessidade de um segundo turno em 18 de maio. A eleição ocorre em um momento de tensões geopolíticas, com a Romênia desempenhando um papel crucial no apoio à Ucrânia.
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Simion, líder da Aliança para a Unidade dos Romenos (AUR), superou os demais candidatos, mas não obteve a maioria necessária para vencer no primeiro turno. Em segundo lugar, está Crin Antonescu, candidato da coalizão governista, com 20,9%, seguido pelo prefeito de Bucareste, Nicusor Dan, com 20,2%.
Contexto Geopolítico
A eleição na Romênia é acompanhada de perto por Washington, Kiev e Moscou, devido ao papel estratégico do país. A Romênia serve como rota de trânsito para armamentos e munições destinados à Ucrânia. Além disso, o país abriga um escudo antimísseis dos EUA e três grandes bases aéreas da OTAN, utilizadas para missões de policiamento aéreo na fronteira entre Ucrânia e Moldávia, e sobre o Mar Negro.
A importância da Romênia também se estende ao comércio de grãos ucranianos, com 70% das exportações passando pelas águas territoriais romenas. A Marinha romena realiza a desminagem dessas águas, enquanto a Força Aérea romena treina pilotos ucranianos para operar caças F-16.
Reações e Perspectivas
Observadores políticos alertam que uma vitória de Simion poderia isolar a Romênia, prejudicar o investimento privado e desestabilizar o flanco oriental da OTAN. Após a apuração dos votos, Simion declarou: “Esta não é apenas uma vitória eleitoral, é uma vitória da dignidade romena. É a vitória daqueles que não perderam a esperança, daqueles que ainda acreditam na Romênia, um país livre, respeitado e soberano”.
Simion também prometeu nomear Calin Georgescu, outro político ultranacionalista, para o cargo de primeiro-ministro, caso seja eleito presidente. Ele propôs realizar “um referendo, eleições antecipadas ou a formação de uma coalizão no parlamento que o nomearia primeiro-ministro”.
A eleição atual é vista como um teste da ascensão de movimentos nacionalistas na União Europeia.
Fonte: g1.globo.com