Quase um ano após o desaparecimento do pequeno Émile Soleil, de dois anos e meio, um novo capítulo se inicia na investigação que chocou a França. A polícia francesa deteve os avós e dois tios do menino nesta terça-feira, sob suspeita de homicídio doloso e ocultação de cadáver.
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Émile desapareceu em julho de 2023 no vilarejo de Le Haut-Vernet, nos Alpes franceses, onde passava as férias de verão na casa dos avós maternos. O caso mobilizou buscas intensivas e gerou grande comoção no país. Meses depois, em março, fragmentos do crânio e dentes do menino foram encontrados a cerca de 1.200 metros de altitude, reacendendo a esperança de desvendar o mistério.
Na época da descoberta dos restos mortais, as autoridades consideraram diversas hipóteses para a causa da morte, incluindo queda acidental, homicídio culposo ou assassinato. A investigação, que se estendeu por meses, agora concentra seus esforços no círculo familiar da vítima.
O promotor Jean-Luc Blachon confirmou que as prisões são resultado de investigações realizadas nos últimos meses e que a polícia forense está examinando minuciosamente diversos pontos da área. As identidades dos familiares detidos não foram divulgadas. Após a missa fúnebre realizada em fevereiro, os avós de Émile haviam expressado publicamente o desejo de que “o tempo de silêncio desse lugar à verdade” e manifestaram a necessidade de entender o que aconteceu.
O desaparecimento e a morte de Émile remetem a outro caso que marcou a história da França: o desaparecimento e a morte de Grégory, um menino de quatro anos, em 1984, crime que permanece impune e vivo na memória coletiva do país.
Fonte: g1.globo.com
