O Reino Unido anunciou um plano para intensificar a ajuda humanitária na Faixa de Gaza, focando na evacuação de crianças feridas e doentes e no aumento do fornecimento de suprimentos essenciais. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, formalizou a iniciativa após discussões com líderes da França e da Alemanha.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Resumo rápido gerado automaticamente
O governo britânico, em colaboração com parceiros como a Jordânia, planeja realizar lançamentos aéreos de ajuda humanitária e facilitar a retirada de crianças necessitando de tratamento médico fora do território palestino. O Reino Unido utilizará a Jordânia e os Emirados Árabes Unidos para o envio aéreo, países autorizados por Israel para este fim.
Esta ação ocorre em um contexto de crescente preocupação internacional com o agravamento da fome em Gaza. Durante as conversas com o presidente francês Emmanuel Macron e o chanceler alemão Friedrich Merz, a situação humanitária foi qualificada como “terrível”. Os líderes defenderam um plano robusto para transformar um possível cessar-fogo em uma paz duradoura, envolvendo outros países da região.
A medida surge após críticas do secretário-geral da ONU, António Guterres, à comunidade internacional pela negligência da crise humanitária em Gaza, considerando a fome generalizada uma “crise moral que desafia a consciência global”.
Atualmente, a distribuição de ajuda em Gaza é coordenada em grande parte por uma fundação privada, a Gaza Humanitarian Foundation (GHF), com apoio de Israel e dos Estados Unidos, e, em menor escala, pela ONU e outras ONGs, apesar das dificuldades impostas pelo bloqueio.
A situação em Gaza permanece crítica, com relatos de aumento de mortes por fome e violência em centros de distribuição de alimentos. O Ministério da Saúde de Gaza informa que quase 1.100 pessoas foram mortas a tiros ao tentar acessar ajuda, muitas em confrontos com forças israelenses.
A ONU e Israel têm mantido uma relação tensa, com acusações mútuas de parcialidade e dificuldades na entrega segura de ajuda. Vários países, incluindo aliados históricos de Israel como o Reino Unido, França e Canadá, estão pressionando por um acesso mais amplo à ajuda humanitária, considerando a evacuação de crianças e a retomada da entrega de suprimentos medidas urgentes.