O mercado de café no Brasil registra uma queda nas cotações em junho, influenciada pelo avanço da colheita nas principais regiões produtoras. Após atingir valores recordes no início do ano, o preço do café arábica voltou a operar abaixo de R$ 2.200 por saca de 60 kg no mercado paulista, um patamar não visto desde dezembro de 2024.
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No acumulado parcial de junho, até o dia 16, a cotação do café arábica apresentou um recuo de 7,2%. O café robusta, com retirada no Espírito Santo, registrou uma retração ainda maior, de 8,65%, fechando abaixo dos R$ 1.300 a saca, o que não ocorria desde agosto de 2024.
Segundo levantamentos, a colheita do arábica atingiu entre 20% e 25% do esperado até o final da última semana. Já a colheita do robusta está se aproximando da metade, com a expectativa de que a safra desta variedade supere as 20 milhões de sacas, o que pode compensar uma menor produção de arábica em 2025/26.
Em fevereiro, os preços do café arábica alcançaram recordes históricos, impulsionados pelos baixos estoques. No dia 12 de fevereiro, o Indicador atingiu R$ 2.769,45 por saca de 60 quilos, um recorde real. Os valores se mantiveram em torno de R$ 2.700 a saca nos dias seguintes.
Apesar do cenário atual de queda, produtores permanecem atentos às condições climáticas. Pesquisadores apontam que o início da safra brasileira 2025/2026 é preocupante devido ao tempo seco e às ondas de calor registradas entre agosto e outubro de 2024. Temperaturas elevadas podem afetar a qualidade do produto, especialmente durante o período de desenvolvimento final da temporada.
As exportações brasileiras de café arábica e robusta somaram 22 milhões de sacas de 60 quilos nos primeiros cinco meses da safra 2024/2025. A combinação de baixa oferta global, demanda externa aquecida e um dólar valorizado frente ao real contribuiu para esse desempenho positivo.