O presidente russo Vladimir Putin estabeleceu condições para um possível acordo de paz com a Ucrânia, incluindo garantias escritas de potências ocidentais de que a OTAN não se expandirá para o leste e a suspensão de parte das sanções impostas à Rússia. A informação foi divulgada por três fontes russas com conhecimento das negociações.
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Segundo as fontes, Putin considera essencial que a Ucrânia adote uma postura neutra e que se resolva a questão dos ativos soberanos russos congelados no Ocidente, além de garantir proteção aos falantes de russo na Ucrânia. A Rússia estaria redigindo um memorando detalhando os termos de um acordo de paz, incluindo um cronograma para um cessar-fogo.
O presidente dos EUA, Donald Trump, manifestou frustração com a postura de Putin, alertando sobre os riscos de prolongar o conflito. Após uma conversa de mais de duas horas com Trump, Putin teria concordado em trabalhar em um memorando com a Ucrânia para estabelecer as bases para um acordo de paz.
Kiev e governos europeus acusam Moscou de atrasar as negociações enquanto suas tropas avançam no leste ucraniano. Uma fonte russa sênior afirmou que Putin está disposto a buscar a paz, mas não a qualquer custo, sugerindo que, caso não se chegue a um acordo favorável a seus termos, a Rússia intensificará os esforços militares para demonstrar que a paz futura será mais custosa para ucranianos e europeus.
O Kremlin não se manifestou sobre o assunto. Autoridades russas têm reiterado que qualquer acordo de paz deve abordar as “causas fundamentais” do conflito, referindo-se à expansão da OTAN e ao apoio ocidental à Ucrânia. Kiev, por sua vez, insiste que a Rússia não deve ter poder de veto sobre suas aspirações de adesão à aliança militar e busca garantias de segurança do Ocidente para evitar futuros ataques russos.
A OTAN também não comentou o caso, mas reiterou sua política de “portas abertas”, afirmando que não mudará suas diretrizes sob pressão de Moscou. A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, após anos de conflito no leste do país entre separatistas apoiados pela Rússia e forças ucranianas. Atualmente, a Rússia controla uma parte significativa do território ucraniano, e o conflito tem gerado altos custos tanto para a Rússia quanto para a Ucrânia, tanto em baixas quanto em gastos militares.