O Procurador-Geral de Washington D.C., Brian Schwalb, formalizou uma ação judicial contra o governo Trump nesta sexta-feira, contestando a intervenção federal na polícia da capital americana. A ação busca uma decisão judicial que declare a tomada do departamento de polícia por Trump como ilegal.
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A iniciativa de Schwalb ocorreu após a Procuradora-Geral dos EUA, Pam Bondi, ordenar a transferência do controle do departamento de polícia para Terry Cole, líder da Administração de Repressão às Drogas (DEA), nomeando-o Comissário de Emergência do Departamento de Polícia Metropolitana da cidade.
O presidente Trump justificou a intervenção, alegando que o crime estaria “fora de controle” em Washington D.C., prometendo o envio da Guarda Nacional e da polícia para combater a violência e remover criminosos e pessoas em situação de rua da cidade. A Casa Branca informou que 45 pessoas foram presas e 29 imigrantes em situação irregular foram “removidos” desde o início da intervenção, com o Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) divulgando vídeos das prisões.
Cerca de 800 soldados da Guarda Nacional foram mobilizados para a capital, com a intervenção prevista para durar 30 dias. Autoridades locais, incluindo a prefeita Muriel Bowser, criticaram a medida, afirmando que as tropas da Guarda Nacional não terão autoridade para efetuar prisões. Bowser classificou a ação de Trump como “alarmante e sem precedentes”, enquanto Schwalb a considera “desnecessária e ilegal”.
Trump alega que a taxa de homicídios em Washington D.C. é comparável a locais perigosos em todo o mundo, justificando a intervenção. No entanto, dados de segurança pública dos EUA indicam que o crime em geral na capital atingiu seu nível mais baixo em 30 anos em 2024, e o crime violento diminuiu 26% entre 2023 e 2024, de acordo com o Departamento de Polícia local.
Para justificar o uso da Guarda Nacional, Trump invocou a “Homerule Act”, que permite o uso da Guarda em casos de invasão, rebelião ou incapacidade do presidente de executar as leis com forças regulares. O presidente também pediu que as pessoas em situação de rua deixassem Washington D.C., prometendo abrigo fora da capital. Em 2024, a cidade possuía mais de 5,6 mil pessoas nessa situação.