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Presidente de sindicato investigado pela PF se cala em CPI do INSS

Alvo de operação da PF nesta quinta-feira, Milton Baptista de Souza Filho, presidente do Sindnapi, permaneceu em silêncio durante depoimento à CPI do INSS. [...]

Milton Baptista de Souza Filho, conhecido como Milton Cavalo, é alvo de operação sobre descontos irregulares em benefícios previdenciários.

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Milton Baptista de Souza Filho, presidente do Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical), permaneceu em silêncio durante depoimento à CPI do INSS após ser alvo de operação da Polícia Federal que investiga descontos irregulares em benefícios previdenciários. Milton Cavalo, como é conhecido, teve o direito ao silêncio garantido por decisão do STF, alegando não ter condições psicológicas para depor após a ação da PF. Dados da Dataprev indicam que o Sindnapi recebeu cerca de R$ 507,5 milhões em descontos associativos de aposentados e pensionistas entre 2020 e 2025, sendo o terceiro maior destinatário. A CPI quebrou os sigilos bancário e fiscal de Milton Baptista e de sua esposa.

Alvo de operação da PF nesta quinta-feira, Milton Baptista de Souza Filho, presidente do Sindnapi, permaneceu em silêncio durante depoimento à CPI do INSS.

Após ser alvo de uma operação da Polícia Federal nesta quinta-feira, Milton Baptista de Souza Filho, presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi), manteve-se em silêncio durante seu depoimento à CPI mista do INSS. A ação da PF investiga um esquema de descontos fraudulentos em benefícios previdenciários.

Conhecido como Milton Cavalo, o dirigente teve a garantia do direito ao silêncio “integral” assegurada por uma decisão do ministro Flávio Dino, do STF, segundo sua defesa. O advogado Bruno Borragine alegou que Milton não tinha “condições psicológicas” para responder às perguntas dos membros da CPI, pois sua casa foi arrombada pela manhã.

O presidente do Sindnapi afirmou que vai “comprovar a lisura das associações” realizadas pelo sindicato, negando qualquer fraude em cadastros e descontos irregulares em aposentadorias e pensões. O deputado Alfredo Gaspar (União-AL), relator da CPI, tentou um acordo para que Milton respondesse a perguntas que não o incriminassem, mas ele se recusou a assinar um termo de compromisso para dizer a verdade. Ele confirmou que assumiu a presidência do sindicato após a morte do antigo presidente em 2023 e que é casado.

Dados da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev) apontam que, entre 2020 e 2025, o Sindnapi foi o terceiro maior destinatário dos descontos associativos debitados nas folhas de aposentados e pensionistas, recebendo cerca de R$ 507,5 milhões. Além dos endereços pessoais de Milton Cavalo, a operação da PF também teve como alvo o próprio Sindnapi. A CPI quebrou os sigilos bancário e fiscal de Milton Baptista e de sua esposa. Frei Chico, irmão do presidente Lula, é o vice-presidente do Sindnapi, mas não foi alvo da operação.

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