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Português Preso Após Oferecer Recompensa por Ataques a Brasileiros

A Polícia Judiciária de Portugal deteve, na segunda-feira, um homem de 56 anos sob suspeita de incitar à violência contra estrangeiros. A prisão ocorreu em [...]

A Polícia Judiciária de Portugal deteve, na segunda-feira, um homem de 56 anos sob suspeita de incitar à violência contra estrangeiros. A prisão ocorreu em resposta a um vídeo divulgado nas redes sociais, onde o indivíduo oferecia 500 euros por cada “cabeça de um brasileiro” entregue a ele.

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A Polícia Judiciária de Portugal prendeu J.P.S.O., de 56 anos, conhecido como Pasteleiro Lince, após a divulgação de um vídeo em que oferecia 500 euros por cada "cabeça de brasileiro". O suspeito, que tem antecedentes criminais e trabalhava em uma padaria em Aveiro, foi detido por incitação à violência contra estrangeiros, gerando forte alarme social e diversas denúncias. A prisão ocorre em meio a um aumento nos crimes de ódio em Portugal, que registraram 347 queixas em 2023, um aumento de mais de cinco vezes em relação a 2018. A padaria onde o suspeito trabalhava emitiu um comunicado informando que o homem não é mais um funcionário e reafirmando sua política de tolerância zero ao racismo.

O vídeo, que rapidamente se tornou viral, mostrava o homem, identificado online como Pasteleiro Lince, alegando trabalhar em uma padaria em Aveiro, proferindo as declarações ofensivas. Ele mencionava “zukas” vivendo em Portugal, tanto legais quanto ilegais, como alvos de sua oferta.

A polícia informou que o suspeito, identificado pela sigla J.P.S.O, é “fortemente indiciado” por incitar a violência contra estrangeiros, e que a divulgação do vídeo provocou “forte alarme social” e mobilizou a opinião pública, gerando inúmeras denúncias. Investigações sobre o indivíduo já estavam em andamento antes da ampla repercussão do caso.

O homem, que possui antecedentes criminais relacionados a crimes contra o patrimônio, foi detido em sua residência sem oferecer resistência. Dispensando um advogado particular, ele será representado por um defensor público. As autoridades judiciais agora determinarão se ele permanecerá em prisão preventiva ou aguardará o julgamento em liberdade.

A advogada Catarina Zuccaro, parte do grupo que apresentou uma queixa-crime ao Ministério Público, expressou seu choque com o caso, afirmando nunca ter presenciado “tamanho ódio” em seus 25 anos vivendo em Portugal. Ela observou que o caso gerou uma comoção incomum e resultou em uma resposta policial “mais rápida do que o normal”.

A padaria onde o suspeito trabalhava emitiu comunicados para se distanciar do incidente, informando que o homem não é mais um funcionário e reafirmando sua política de tolerância zero ao racismo. A empresa enfatizou que sua equipe é composta por pessoas de diversas nacionalidades, incluindo brasileiros, e que se orgulha dessa diversidade.

O caso se junta a uma série de incidentes recentes de violência e discriminação em Portugal. Dados indicam um aumento significativo nos crimes de ódio no país, com 347 queixas registradas em 2023, um aumento de mais de cinco vezes em comparação com 2018.

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