O Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa com forte presença em Mato Grosso do Sul, expandiu suas operações para 28 países, revelando um alcance global preocupante. Um levantamento identificou a presença de mais de dois mil integrantes da facção em diferentes continentes, com a maioria concentrada na América Latina.
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Paraguai lidera a lista com 699 faccionados, divididos entre presos (341) e soltos (358). A Venezuela aparece em seguida, com 656 membros, sendo 417 detidos e 239 em liberdade. Bolívia e Uruguai também figuram com números significativos, registrando 140 integrantes cada. Na Bolívia, 75 estão presos e 71 soltos, enquanto no Uruguai, 96 estão encarcerados e 44 em liberdade.
Na Europa, Portugal se destaca como o país com o maior número de membros do PCC. Outros países como Alemanha, Equador, Guiana Francesa, Líbano, Sérvia e Turquia registraram a presença de pelo menos um integrante da facção.
O mapeamento totalizou 2.078 integrantes do PCC em atuação internacional, sendo 1.092 presos e 986 em liberdade. Somando aos membros no Brasil, estima-se que a facção conte com cerca de 40 mil integrantes.
A estratégia do PCC de estabelecer presença permanente em outros países, incluindo a infiltração em sistemas prisionais locais, tem gerado grande preocupação entre autoridades nacionais e internacionais. A presença da facção no Paraguai e na Bolívia tem impacto direto na criminalidade em Mato Grosso do Sul, rota estratégica para o narcotráfico e contrabando de armas, munições e outros produtos ilícitos.
Em Mato Grosso do Sul, o PCC domina o cenário criminal, embora enfrente a concorrência do Comando Vermelho (CV) em uma disputa territorial constante. Os líderes do PCC no estado integram o grupo “Linha Vermelha”, hierarquicamente abaixo apenas dos “Cidade Proibida”, composto pelos membros mais antigos da facção.