O mercado do ouro vive um momento de alta, impulsionado por tensões geopolíticas e incertezas econômicas, mas especialistas alertam para os riscos de concentrar investimentos nesse metal precioso. O preço do ouro disparou mais de 40% no último ano, ultrapassando a marca de US$ 3.500 por onça troy, um recorde histórico que supera até mesmo o pico de 1980, ajustado pela inflação.
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Em Londres, comerciantes relatam um aumento significativo na demanda, com potenciais vendedores formando filas. Economistas atribuem essa valorização a fatores como as políticas comerciais imprevisíveis dos EUA e temores sobre a instabilidade global, que levam investidores a buscar a segurança percebida no ouro.
O ouro é tradicionalmente visto como um ativo de “porto seguro”, mantendo seu valor em tempos de crise. Diferente de ações ou títulos, ele não oferece dividendos ou renda estável, mas sua natureza física e sua independência do sistema bancário o tornam atraente como proteção contra a inflação e a desvalorização de moedas.
Nos últimos anos, houve um aumento na demanda por ouro por parte de Exchange Traded Funds (ETFs) e, mais recentemente, dos bancos centrais. A partir de 2022, esses bancos aumentaram significativamente suas compras de ouro, buscando diversificar suas reservas em um contexto de crescente incerteza geopolítica e receios sobre o uso do sistema do dólar como arma.
Apesar da alta, especialistas alertam que o preço do ouro não é imune a flutuações e que grandes aumentos podem ser seguidos por quedas significativas. Alguns analistas preveem uma correção no mercado, enquanto outros acreditam que a tendência de alta pode continuar, impulsionada pela instabilidade global e pelas compras dos bancos centrais. A recomendação geral é que os investidores diversifiquem seus portfólios e evitem concentrar todos os seus recursos no ouro, especialmente para aqueles que buscam ganhos rápidos.