A OpenAI, empresa por trás do ChatGPT, está operando com um alto volume de gastos, um fator que pode colocar à prova a confiança de seus investidores. Uma análise recente da JPMorgan, uma das maiores instituições financeiras, avaliou a estratégia da companhia, revelando uma visão cautelosamente otimista, embora com ressalvas.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
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O relatório, divulgado nesta sexta-feira (19), projeta que a OpenAI poderá gastar até US$ 46 bilhões nos próximos quatro anos, até 2029. Este alto investimento é atribuído à intensa competição por profissionais qualificados e ao volume de recursos direcionados ao desenvolvimento de inteligência artificial.
A análise indica que a OpenAI não deverá alcançar a lucratividade antes de 2029, o que exige uma perspectiva de longo prazo por parte dos investidores. A estratégia da empresa foi descrita como “vibe spending”, caracterizada por gastos impulsionados pelo otimismo e pela crença no potencial futuro, em vez de um retorno financeiro imediato.
A OpenAI enfrenta uma concorrência acirrada no mercado de IA, competindo com empresas de maior porte, como Google e Meta. Apesar disso, a empresa ganhou destaque e manteve certa vantagem com o ChatGPT e outros modelos generativos.
Contudo, a JPMorgan alerta que a diferença técnica entre os modelos de IA está diminuindo rapidamente. Embora a OpenAI tenha conquistado a liderança inicial, os concorrentes podem alcançar ou até mesmo superar a capacidade dos seus modelos em um futuro próximo. Para a instituição financeira, ter o melhor modelo de IA não garante, por si só, uma vantagem duradoura.
Apesar dos desafios, a JPMorgan estima que a OpenAI pode atingir um valor de mercado superior a US$ 700 bilhões até 2030. Essa projeção considera as receitas provenientes de agentes de IA, publicidade, assinaturas e até mesmo a possível comercialização de dispositivos físicos. A empresa tem planos de explorar o desenvolvimento de um dispositivo próprio.