PUBLICIDADE

Onças em Corumbá: Aparições Diminuem Após Ações de Proteção, Mas Medo Persiste

Moradores de bairros próximos ao Rio Paraguai e Canal do Tamengo, em Corumbá, ainda encontram pegadas de onças-pintadas. No entanto, a frequência das aparições diminuiu em comparação com as últimas semanas, após o reforço das ações de uma força-tarefa criada para mitigar os riscos. INTELIGÊNCIA [...]

Moradores de bairros próximos ao Rio Paraguai e Canal do Tamengo, em Corumbá, ainda encontram pegadas de onças-pintadas. No entanto, a frequência das aparições diminuiu em comparação com as últimas semanas, após o reforço das ações de uma força-tarefa criada para mitigar os riscos.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Resumo rápido gerado automaticamente

Em Corumbá, a força-tarefa composta por Ibama, Polícia Militar Ambiental e Fundação de Meio Ambiente do Pantanal intensificou ações de proteção após relatos de aparições de onças-pintadas em bairros próximos ao Rio Paraguai e Canal do Tamengo, como Cacimba e Mirante da Capivara. As medidas, incluindo rondas noturnas, repelentes luminosos e iluminação pública, diminuíram a frequência dos avistamentos, embora rastros ainda sejam encontrados e o medo persista entre os moradores, como Elaine Morais, que relatou um ataque a seus cachorros. A presença dos felinos, observada desde maio, é atribuída a fatores como mata densa, lixo e animais domésticos, levando à orientação para evitar a circulação noturna e à intensificação da coleta de lixo para três vezes por semana. A força-tarefa permanecerá ativa até a baixa das águas, com reuniões regulares e ações específicas, enquanto a veterinária Arleni Mesquita destaca a eficácia das medidas preventivas.

Residentes das áreas da Cacimba e do Mirante da Capivara, entre os bairros da Cervejaria e Generoso, informaram técnicos do Ibama e da Fundação de Meio Ambiente do Pantanal sobre a presença de rastros recentes dos felinos. Apesar disso, não houve relatos de aproximação das onças às residências ou ataques a animais domésticos, que circulam livremente nas comunidades.

De acordo com Fabiane Gonçalves, do Ibama em Campo Grande, as medidas para afugentar os animais estão mostrando resultados. Além das rondas noturnas realizadas pela Polícia Militar Ambiental e equipes do Ibama, foram instalados repelentes luminosos e iluminação pública nas proximidades das casas.

A presença constante de onças nas áreas ribeirinhas urbanas, desde maio, foi atribuída a um ambiente propício, com mata, pouca iluminação, acúmulo de lixo e abundância de animais domésticos. A população foi orientada a evitar circular à noite na região.

A força-tarefa permanecerá ativa até que as águas do rio baixem e os animais retornem ao seu habitat natural. Reuniões regulares com os moradores e ações específicas continuarão sendo realizadas. A situação está sob controle, sem registros de ataques e com indícios de que as onças estão se afastando.

A Fundação de Meio Ambiente do Pantanal confirmou os relatos dos moradores durante visitas às comunidades. A veterinária Arleni Mesquita ressaltou a eficácia das medidas preventivas, como a limpeza do matagal e a instalação de iluminação de LED. A coleta de lixo foi intensificada, passando a ser realizada três vezes por semana.

Em uma das visitas à Cacimba, a equipe da força-tarefa percorreu os possíveis caminhos das onças, encontrando tocas nas rochas e áreas de mata fechada. Moradores relataram que costumavam transitar pela região sem receio para coletar lenha ou pescar. Perto do canal, a cerca de 200 metros das casas, existem hortas onde as pegadas dos felinos são mais evidentes.

Uma moradora da Cacimba, Elaine Morais, relatou ter avistado uma onça a poucos metros de sua casa, pronta para atacar. O incidente ocorreu à noite, enquanto ela estava na calçada com o marido e o filho. A onça teria matado dois cachorros da família na ocasião. A moradora expressou medo e relatou que não se lembrava de ter visto onças na região antes.

Leia mais

Rolar para cima