Reconhecido por sua atuação em defesa da democracia e dos direitos humanos, Bermudes também foi professor e membro do IAB.
O renomado advogado Sergio Bermudes faleceu aos 79 anos, após complicações da covid-19, deixando um legado na defesa dos direitos humanos.
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O advogado Sergio Bermudes faleceu nesta segunda-feira (27), aos 79 anos, em decorrência de sepse respiratória, após um prolongado período de internação. Ele enfrentava complicações decorrentes da covid-19.
Reconhecido como um dos nomes mais influentes da advocacia brasileira, Bermudes construiu uma trajetória marcada pela excelência técnica, pelo magistério e pela defesa de causas emblemáticas em favor da democracia e dos direitos humanos.
Entre os casos mais notórios de sua atuação está o processo movido por Clarice Herzog, viúva do jornalista Vladimir Herzog, que levou o Judiciário a reconhecer, pela primeira vez, que o profissional foi assassinado sob custódia militar – um marco na história da Justiça brasileira.
Bermudes fundou o Bermudes Advogados, escritório que se tornaria referência nacional em contencioso e arbitragem, com sedes no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Belo Horizonte. No magistério, destacou-se como professor de direito processual civil na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), cargo que ocupava desde 1978.
O Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) manifestou profundo pesar pelo falecimento de Sergio Bermudes, que integrava a entidade havia quase quatro décadas. Em 2023, durante as comemorações dos 180 anos do IAB, Bermudes foi homenageado com a Medalha Teixeira de Freitas, a mais alta honraria concedida pelo instituto.
A OAB também decretou luto oficial de três dias.
