PUBLICIDADE

Modelos Adolescentes Aliciadas: A Face Oculta da Indústria de Sexcams

Uma rede de exploração sexual se esconde por trás da promessa de dinheiro fácil para jovens de países em desenvolvimento. Uma colombiana, que prefere ser chamada de Isabella, relata como foi recrutada para a indústria de sexcams aos 17 anos, enfrentando assédio e exploração. INTELIGÊNCIA [...]

Uma rede de exploração sexual se esconde por trás da promessa de dinheiro fácil para jovens de países em desenvolvimento. Uma colombiana, que prefere ser chamada de Isabella, relata como foi recrutada para a indústria de sexcams aos 17 anos, enfrentando assédio e exploração.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Resumo rápido gerado automaticamente

Uma rede de exploração sexual alicia adolescentes de países em desenvolvimento para a indústria de sexcams, prometendo dinheiro fácil. Na Colômbia, um dos maiores centros dessa indústria com cerca de 400 mil modelos, jovens como Isabella, recrutada aos 17 anos, enfrentam assédio e exploração em estúdios que burlam as políticas de idade das plataformas BongaCams, Chaturbate, LiveJasmin e StripChat. Modelos relatam pressão para realizar atos sexuais degradantes e jornadas exaustivas, enquanto estúdios exploram a pobreza e a falta de oportunidades. Isabella denunciou o estúdio à Procuradoria do Estado por exploração de menores, exploração trabalhista e abuso do poder econômico.

A abordagem inicial ocorreu na saída da escola, através de um folheto que explorava sua vulnerabilidade financeira como mãe solteira de 17 anos. Isabella foi atraída para um estúdio em Bogotá, onde, sem contrato ou treinamento, foi imediatamente colocada em frente às câmeras.

O estúdio a incentivou a transmitir ao vivo da escola, filmando-se secretamente durante as aulas. Clientes online faziam pedidos sexuais explícitos, que ela atendia escondida no banheiro, tudo em nome do sustento do filho.

A Colômbia é um dos maiores centros da indústria de sexcams, com cerca de 400 mil modelos. Estúdios prometem altos ganhos, mas muitas vezes exploram a pobreza e a falta de oportunidades, especialmente entre os jovens.

Embora as plataformas de webcam afirmem ter políticas rigorosas contra menores de idade, modelos relatam que é fácil burlar as verificações. Contas antigas de modelos mais velhas são “recicladas” e oferecidas a meninas menores de idade, ou identidades falsas são fornecidas pelos estúdios.

As plataformas BongaCams, Chaturbate, LiveJasmin e StripChat, afirmam ter tolerância zero com menores de idade. BongaCams disse que impede menores de se apresentarem e as contas que desrespeitarem esta norma são fechadas. Chaturbate afirmou que suspendeu o uso de IDs falsas e que modelos devem apresentar imagens ao vivo com seus documentos de identidade, que são verificados digital e manualmente. StripChat também enviou uma declaração, afirmando que mantém “política de tolerância zero em relação às modelos menores de idade”.

Keiny, agora com 20 anos, relata que os clientes preferem modelos com aparência jovem, o que ela considera problemático. Ela iniciou no ramo aos 17 anos para ajudar a família e hoje consegue um salário superior ao mínimo colombiano.

Nem todos os estúdios são predatórios. Alguns oferecem apoio psicológico e benefícios como serviços de spa. No entanto, a exploração é generalizada, com modelos sujeitas a longas jornadas, multas por pausas para necessidades básicas e pressão para realizar atos sexuais degradantes.

Sofi, 26 anos, mãe de dois filhos, relata que foi pressionada a participar de atos que não queria, sob ameaça de ter sua conta encerrada. Ela continua no ramo por falta de alternativas para sustentar a família.

Após meses de trabalho exaustivo, Isabella recebeu um pagamento muito abaixo do esperado, o que a levou a denunciar o estúdio à Procuradoria do Estado por exploração de menores, exploração trabalhista e abuso do poder econômico. Traumatizada, ela luta para remover vídeos seus da internet feitos quando era menor de idade.

Leia mais

Rolar para cima