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Ministério Público investiga demora em cirurgias e consultas em Campo Grande

O MPMS investiga a demora na realização de consultas e cirurgias em Campo Grande, buscando identificar causas e soluções para as filas de espera. [...]

Inquéritos apuram filas de espera e tempo excessivo para atendimento em especialidades médicas.

O MPMS investiga a demora na realização de consultas e cirurgias em Campo Grande, buscando identificar causas e soluções para as filas de espera.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) instaurou inquéritos para investigar a demora em consultas e cirurgias de Cirurgia Torácica e Proctologia Cirúrgica em Campo Grande. A investigação apura filas de espera com centenas de pacientes, como os 235 aguardando Cirurgia Torácica e 313 em Proctologia Cirúrgica, com tempo de espera superior a três meses. O MPMS requisitou informações da Sesau, SES/MS e hospitais para apurar as causas da demora e verificar a capacidade de atendimento. As deficiências na gestão da rede especializada são apontadas como possíveis causas, buscando garantir o direito constitucional ao tratamento adequado.

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) instaurou dois inquéritos civis para apurar a demora na realização de consultas e cirurgias em especialidades médicas em Campo Grande. As investigações buscam identificar as causas da demanda reprimida e verificar as medidas adotadas pelos gestores públicos para assegurar o acesso oportuno e integral aos serviços de saúde.

Os procedimentos foram instaurados após a constatação de filas de espera com centenas de pacientes e tempo médio de aguardo superior a três meses, nas áreas de Cirurgia Torácica e Proctologia Cirúrgica. Conforme informações da Sesau, em maio de 2025 havia 235 pacientes aguardando consulta em Cirurgia Torácica e 313 pacientes na fila de espera por atendimento em Proctologia Cirúrgica.

No caso da Cirurgia Torácica, a Promotoria de Justiça verificou concentração dos atendimentos em um único hospital da Capital, embora existam outras unidades habilitadas. Já na Proctologia Cirúrgica, foi identificada limitação no número de vagas para novas consultas e ausência de metas mensais específicas para cirurgias.

Apuração e Próximos Passos

As deficiências na contratualização e na gestão da rede especializada foram apontadas como fatores que podem comprometer o princípio da integralidade da atenção e o direito constitucional ao tratamento adequado e contínuo.

Para aprofundar a apuração, o MPMS requisitou informações detalhadas à Sesau e à Secretaria de Estado de Saúde (SES/MS) sobre o número atualizado de pacientes na fila de espera, critérios de regulação e classificação de risco, unidades contratualizadas, metas de atendimento e medidas adotadas para ampliar a oferta de vagas e reduzir o tempo de espera.

Também foram oficiados os hospitais que prestam atendimento nas duas especialidades, a fim de verificar a capacidade instalada, o quadro de profissionais e a possibilidade de expansão do serviço. Os inquéritos tramitam sob sigilo parcial, em observância à Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709/2018).

A atuação do MPMS busca garantir a transparência e a eficiência na aplicação dos recursos públicos e assegurar que as políticas de saúde sejam planejadas e executadas de forma a atender à população de maneira universal, integral e equitativa.

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