Ações policiais em favelas do Rio de Janeiro têm impacto econômico negativo e não resolvem o problema da criminalidade, segundo especialistas.
Especialistas criticam megaoperações policiais no Rio, argumentando que geram prejuízos econômicos e não combatem eficazmente o crime organizado, além de riscos aos direitos humanos.
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A operação policial realizada nos complexos da Penha e do Alemão na última terça-feira (28) não colhe muitos resultados e não reduz o poder do crime organizado, segundo a advogada criminalista Lorena Pontes.
“O crime organizado é multifacetado e estruturado, envolvendo redes econômicas e sociais complexas. Operações policiais isoladas não conseguem atacar suas raízes, que demandam políticas públicas integradas, prevenção social e articulação entre as esferas federal, estadual e municipal”, diz.
A operação resultou em 121 mortos, sendo 117 civis e 4 policiais, além de 113 presos e 118 armas apreendidas. A ação é classificada como a mais letal do país.
Lorena Pontes salienta que “o Estado não pode medir sucesso pela letalidade”, e que megaoperações policiais geram riscos de abuso e violações dos direitos humanos.
Impactos Econômicos e Sociais
Para o advogado Bruno Medeiros Durão, as operações policiais geram consequências para além do trânsito interditado.
“O fechamento de vias, a suspensão de serviços e o impacto na logística geram perdas fiscais e tributárias imensas para o estado e o município”. Ele acrescenta que a instabilidade afasta investimentos e onera o contribuinte com custos emergenciais de segurança.
Segundo levantamento, o Rio de Janeiro perde cerca de R$11,5 bilhões por ano com crimes violentos.
