Estudo do MapBiomas revela que o bioma mais degradado do país mantém apenas 31% de sua vegetação natural.
Levantamento do MapBiomas indica a perda de 2,4 milhões de hectares da Mata Atlântica em 40 anos, com apenas 31% da vegetação natural restante.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
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A Mata Atlântica sofreu um grande golpe nas últimas quatro décadas, com a perda de 2,4 milhões de hectares de floresta, conforme um levantamento do MapBiomas divulgado recentemente. Essa devastação representa uma redução de 8,1% da área florestal registrada no início da série histórica, evidenciando a contínua pressão sobre um dos biomas mais importantes do país.
O estudo aponta que apenas 31% da vegetação natural original da Mata Atlântica permanece intacta, o que a torna o bioma mais degradado do Brasil. Metade do desmatamento recente ainda atinge áreas com mais de 40 anos, florestas maduras que abrigam grande parte da biodiversidade e desempenham um papel crucial nos serviços ecossistêmicos.
Apesar da promulgação da Lei da Mata Atlântica, que visava proteger o bioma, o desmatamento continua sendo uma preocupação. Nos últimos cinco anos, a média de área desmatada foi de 190 mil hectares por ano. A agricultura segue como a principal força motriz por trás da transformação da paisagem, com o cultivo agrícola quase dobrando de área desde 1985.
Impacto da Agricultura e Urbanização
O avanço da agricultura, impulsionado por culturas como soja, cana-de-açúcar e café, tem exercido uma pressão significativa sobre a Mata Atlântica. Ao mesmo tempo, o crescimento urbano também contribui para a perda de vegetação nativa, com a área urbanizada duplicando desde 1985.
Apesar dos desafios, o estudo reforça a importância das políticas de conservação e recuperação da vegetação nativa para garantir a preservação da Mata Atlântica e seus serviços ambientais essenciais. É crucial intensificar os esforços para combater o desmatamento ilegal e promover práticas agrícolas mais sustentáveis.
