Em reunião ministerial, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva compartilhou com seus ministros uma declaração do ex-presidente Getúlio Vargas, proferida em 1950, demonstrando confiança na vitória eleitoral e ressaltando seu compromisso com um governo nacionalista frente a pressões externas.
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A leitura, segundo relatos, foi extraída de uma carta de Vargas publicada pelo “Folha da Noite”. No trecho, Vargas expressa: “Conheço meu povo e tenho confiança nele. Tenho plena certeza de que serei eleito, mas sei também que, pela segunda vez, não chegarei ao fim do meu governo. Terei de lutar. Até onde resistirei? Se não me matarem, até que ponto meus nervos poderão agüentar? Uma coisa lhes digo: não poderei tolerar humilhações”.
A declaração original, conforme um artigo de Lutero Vargas, filho do ex-presidente, foi dada ao jornalista Miguel Costa Filho, da “Folha da Noite”, enquanto Vargas se preparava para a disputa eleitoral que o reconduziria ao poder. Vargas, que governou o país de 1930 a 1945, sendo parte deste período como ditador, foi eleito pelo voto direto em 1950. Ele não completou o mandato, cometendo suicídio em 24 de agosto de 1954, sob forte pressão da oposição.
Auxiliares de Lula indicaram que a leitura da carta se deu por uma percepção de similaridade entre o contexto enfrentado por Vargas em seu segundo governo e o momento atual do Brasil. Lula estaria vendo tentativas de interferência de forças estrangeiras na política brasileira, com apoio de setores da elite local.
Na reunião, Lula e seus ministros reafirmaram o discurso nacionalista adotado pelo governo. Assessores entendem que o anúncio de tarifas de importação visam interferir no cenário político brasileiro. A defesa da soberania nacional é um dos pilares da gestão e foi reforçada com o slogan “Governo do Brasil: do lado do povo brasileiro”.
A mensagem lida pelo presidente também sinalizou uma possível candidatura à reeleição em 2026. Aos ministros, Lula deixou claro que, gozando de boa saúde, pretende concorrer ao quarto mandato.