Em evento do PCdoB, Lula critica interferência externa e defende o direito da Venezuela de decidir seu futuro sem intervenção.
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Em Brasília, Lula criticou a pressão dos EUA sobre a Venezuela, defendendo que o país decida seu futuro sem interferências externas, durante evento do PCdoB.
Durante evento do PCdoB em Brasília, Lula defendeu que a Venezuela tem o direito de decidir seu futuro sem intervenção externa. O ex-presidente criticou a pressão exercida pelos Estados Unidos sobre o país sul-americano.
Sem mencionar o nome de Donald Trump, Lula manifestou seu desacordo com a postura de Washington em relação a Caracas e também a Cuba. Segundo ele, o Brasil não se tornará a Venezuela, e vice-versa, mas ambos devem ter autonomia para trilhar seus próprios caminhos.
Em referência à movimentação militar dos EUA no Caribe, Lula expressou preocupação, ecoando o posicionamento da maioria dos países da América Latina. Ele condenou a autorização dada por Trump para que a CIA realizasse operações secretas com o objetivo de derrubar o governo de Nicolás Maduro, classificando a medida como uma violação do direito internacional e da Carta da ONU. Lula também questionou a inclusão de Cuba na lista de países que supostamente patrocinam o terrorismo.
Os EUA têm intensificado as sanções contra Cuba desde a década de 1960, aplicando um embargo econômico e financeiro que penaliza empresas que mantêm relações comerciais com a ilha. Desde agosto, os EUA enviaram milhares de militares e equipamentos bélicos para o Caribe, sob a alegação de combater o tráfico de drogas proveniente da Venezuela. Autoridades venezuelanas denunciam que os EUA buscam promover uma “mudança de regime” no país e prometem levar a questão ao Conselho de Segurança da ONU. Para analistas, o interesse dos Estados Unidos na Venezuela é de ordem geopolítica, uma vez que o país possui as maiores reservas de petróleo do mundo.