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Leilão de Petróleo: 172 Áreas em Disputa Acendem Debate Ambiental e Econômico

O país realiza nesta terça-feira um leilão crucial para o setor de petróleo, ofertando a concessão de 172 áreas para exploração. A Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) iniciará o processo às 10h, com a expectativa de atrair investimentos significativos para diversas regiões [...]

O país realiza nesta terça-feira um leilão crucial para o setor de petróleo, ofertando a concessão de 172 áreas para exploração. A Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) iniciará o processo às 10h, com a expectativa de atrair investimentos significativos para diversas regiões do país.

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O leilão de petróleo no Brasil oferta 172 áreas de exploração em cinco bacias sedimentares, incluindo a Foz do Amazonas e a Potiguar, com potencial estimado em 10 bilhões de barris na Margem Equatorial. Doze empresas, incluindo Petrobras, Shell e ExxonMobil, apresentaram garantias para participar do leilão conduzido pela ANP. O Ministério Público Federal tentou impedir o leilão na Justiça devido à ausência de estudos ambientais adequados. Pesquisadores alertam para o risco de vazamento na Bacia Potiguar atingir Fernando de Noronha.

Os blocos em disputa estão distribuídos em cinco bacias sedimentares distintas: quatro marítimas e uma terrestre. As bacias marítimas incluem a Foz do Amazonas (abrangendo a costa do Amapá e parte do Pará), a Potiguar (situada entre o Rio Grande do Norte e o Ceará), a de Santos (no litoral de São Paulo e Rio de Janeiro) e a de Pelotas (no Rio Grande do Sul). A bacia terrestre dos Parecis se encontra no estado de Mato Grosso.

Do total de 332 blocos inicialmente disponíveis, apenas os 172 que demonstraram interesse através de propostas ou garantias de oferta foram incluídos no leilão. Doze empresas já apresentaram as garantias de oferta exigidas, de um total de 31 companhias habilitadas.

Entre as empresas participantes, destacam-se grandes nomes do setor como a Petrobras, a Shell (do Reino Unido) e a ExxonMobil (dos Estados Unidos), além de outras companhias provenientes da Austrália, Bermudas, Catar, China, Colômbia, França, Noruega e Portugal.

Um dos focos principais do leilão é a Margem Equatorial, especialmente nas bacias Potiguar e da Foz do Amazonas, considerada pela ANP uma nova fronteira para a indústria petrolífera. A região possui um potencial estimado em até 10 bilhões de barris. O governo federal aposta na atração de investimentos para a Margem Equatorial, visando gerar empregos, renda e desenvolvimento local.

Contudo, o leilão enfrenta resistência. O Ministério Público Federal (MPF) buscou impedir a realização do certame na Justiça, alegando que a ausência de estudos prévios adequados representa uma violação de direitos fundamentais, compromissos internacionais e da legislação ambiental.

Preocupações ambientais também foram levantadas em relação a um bloco específico localizado a 398 km da Ilha de Fernando de Noronha. Pesquisadores alertam que, em caso de vazamento na Bacia Potiguar, correntes marítimas poderiam transportar o óleo para Noronha em um curto período.

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