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Laudo Descarta Ataque de Onça a Morador em Corumbá

Após avaliação minuciosa, técnicos do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), da Polícia Militar Ambiental (PMA), do Ibama e da Fundação Municipal de Meio Ambiente de Corumbá [...]

Após avaliação minuciosa, técnicos do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), da Polícia Militar Ambiental (PMA), do Ibama e da Fundação Municipal de Meio Ambiente de Corumbá concluíram que não há evidências de que um morador de Corumbá tenha sido atacado por uma onça na noite de quarta-feira, 06 de agosto.

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Laudos de técnicos do IHP, PMA, Ibama e Fundação de Meio Ambiente de Corumbá descartaram o ataque de onça a Valdinei da Silva Pereira, 57 anos, morador do Mirante da Capivara, alegando ferimentos superficiais não condizentes com ataque de animal de grande porte. A PMA tranquilizou a população, confirmando apenas avistamentos de onças em áreas urbanas de Corumbá, fenômeno relacionado à irregularidade do ciclo de cheias e secas no Pantanal. O IHP, presidido por Ângelo Rabelo, busca conscientizar a população sobre a conservação da espécie e inibir a aproximação dos animais com iluminação. O caso do ataque fatal ao caseiro Jorge Ávalo, em Aquidauana, foi citado como exceção devido à prática de ceva.

O presidente do IHP, Ângelo Rabelo, explicou nesta sexta-feira (8) que a conclusão se baseia em laudos do atendimento médico prestado ao homem, bem como na avaliação de veterinários e outros especialistas em comportamento animal. Equipes estiveram no local do suposto ataque, buscando vestígios e colhendo depoimentos de vizinhos. Os especialistas tiveram acesso a diferentes versões apresentadas pelo morador sobre o ocorrido.

“Se realmente tivesse sido atacado, ele nem estaria aqui para contar. A onça não é um animal com histórico de ataques a pessoas. Isso não é típico do seu comportamento”, enfatizou Rabelo.

Valdinei da Silva Pereira, de 57 anos, relatou ter sido vítima do ataque, afirmando ter levado “um baque” e “dado um safanão” no animal. Ele também mencionou que, em outra ocasião, chegou a perseguir a onça com um pedaço de pau. Pereira reside no Mirante da Capivara, às margens do Rio Paraguai, na área urbana de Corumbá, e alega ter sido surpreendido ao chegar em casa.

Segundo a PMA, o médico responsável pelo atendimento a Pereira confirmou que o paciente apresentava apenas ferimentos superficiais, “aparentemente não sendo feitos por animais de grande porte”, o que justificou sua rápida liberação.

A corporação tranquilizou a população, negando a ocorrência de ataques ou confrontos com onças em Corumbá. “As únicas informações oficiais recebidas até o momento referem-se a aparições e avistamentos do felino em áreas urbanas”, informou em nota.

O presidente do IHP lembrou que o caso que resultou na morte do caseiro Jorge Ávalo, na região de Touro Morto, no Pantanal de Aquidauana, é uma exceção ligada à prática de ceva, que consiste em alimentar animais selvagens, o que os leva a se habituar com a presença humana.

Em Corumbá, a aproximação das onças à área urbana está sendo relacionada à irregularidade do ciclo de cheias e secas no Pantanal, o que as leva a buscar alimentos em outros locais.

O IHP, em parceria com órgãos de meio ambiente, busca conscientizar os moradores de que os avistamentos de onças na região não devem gerar pânico, mas sim serem vistos como um indicativo da conservação da espécie no Pantanal de Mato Grosso do Sul. O instituto auxilia as comunidades instalando equipamentos de iluminação, medida que inibe a presença de onças nas proximidades das residências.

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