O Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, promoveu um corte de 0,25 ponto percentual nas taxas de juros, estabelecendo a nova faixa entre 4% e 4,25% ao ano. A decisão, divulgada nesta quarta-feira, alinhou-se às expectativas predominantes do mercado financeiro, marcando a primeira redução em nove meses. A última alteração havia sido em dezembro, quando a taxa foi ajustada para 4,25% a 4,50% ao ano.
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O Fed também sinalizou novas projeções, indicando que a maioria de seus dirigentes antecipa pelo menos mais dois cortes nas taxas de juros ainda este ano. A instituição tem programadas duas reuniões em 2025, no final de outubro e na primeira quinzena de dezembro.
O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) informou que a criação de empregos no país apresentou uma desaceleração, enquanto a taxa de desemprego registrou um leve aumento, embora permaneça em níveis considerados baixos. A inflação, segundo o comitê, mostrou um avanço e permanece em um patamar relativamente elevado.
O colegiado declarou estar preparado para ajustar a condução da política monetária, caso surjam riscos que possam comprometer o alcance de seus objetivos de pleno emprego e estabilidade de preços. A incerteza sobre as perspectivas econômicas permanece em um nível elevado.
Stephen Miran, recém-aprovado pelo Senado, foi o único membro a discordar da decisão, defendendo um corte de 0,5 ponto percentual, para o intervalo de 3,75% a 4% ao ano.
A política de juros nos EUA tem reflexos no Brasil. A queda das taxas americanas pode diminuir a pressão para que a taxa básica de juros brasileira (Selic) permaneça elevada, além de gerar efeitos sobre o câmbio, com possível valorização do real frente ao dólar.