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Jornalistas Mortos em Gaza: Ataque a Tenda da Imprensa Indigna Repúdio Internacional

Seis jornalistas perderam a vida em Gaza após um ataque que atingiu uma tenda utilizada como ponto de apoio para profissionais da imprensa. Entre as [...]

Seis jornalistas perderam a vida em Gaza após um ataque que atingiu uma tenda utilizada como ponto de apoio para profissionais da imprensa. Entre as vítimas está Anas al Sharif, correspondente da Al Jazeera, que denunciou o ocorrido como uma tentativa de silenciar vozes críticas à ocupação israelense.

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Seis jornalistas, incluindo Anas al Sharif, correspondente da Al Jazeera, foram mortos em Gaza após um ataque a uma tenda da imprensa, gerando repúdio internacional. O Exército israelense alega que al Sharif era um "terrorista" do Hamas, acusação negada por entidades como o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) e a ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF), que o considerava "a voz do sofrimento palestino". O Sindicato de Jornalistas Palestinos condenou o "crime sangrento", enquanto o Alto Comissariado da ONU e o Catar denunciaram o ataque como "deliberado"; a Al Jazeera informa que dez de seus correspondentes foram mortos em Gaza desde o início do conflito. A imprensa internacional, amplamente impedida de trabalhar livremente em Gaza, depende da cobertura de jornalistas palestinos, e o governo israelense planeja permitir a entrada de repórteres estrangeiros acompanhados pelo Exército, sem data definida.

O Exército israelense alega que al Sharif era um “terrorista” que se disfarçava de jornalista, acusando-o de liderar uma célula do Hamas responsável por ataques com foguetes. O governo israelense divulgou inclusive imagens e informações que, segundo eles, comprovam a ligação do jornalista com o grupo extremista. Em contrapartida, entidades como o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) já haviam acusado Israel de difamar al Sharif meses antes.

Além de al Sharif, a Al Jazeera confirmou a morte de outros quatro funcionários: o repórter Mohammed Qreiqeh e os cinegrafistas Ibrahim Zaher, Mohammed Noufal e Moamen Aliwa. Mohammed al Khaldi, um fotojornalista freelancer que colaborava com a mídia local, também faleceu em decorrência dos ferimentos.

O Sindicato de Jornalistas Palestinos condenou o “crime sangrento”, enquanto a ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF) expressou horror e indignação com as mortes. A RSF afirmou que al Sharif era “a voz do sofrimento imposto por Israel aos palestinos de Gaza”.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos e o Catar também se manifestaram, denunciando o ataque como “deliberado”. A Al Jazeera informou que, desde o início do conflito, dez de seus correspondentes foram mortos em Gaza.

Os funerais dos jornalistas da Al Jazeera foram realizados nesta segunda-feira, enquanto o governo israelense demonstra determinação em implementar novas operações no território. Dezenas de pessoas compareceram ao cemitério Cheikh Redouane, na Cidade de Gaza, para prestar suas últimas homenagens às vítimas.

No local do ataque, um muro crivado de estilhaços e colchões ensanguentados evidenciam a violência do ocorrido. A imprensa internacional, em grande parte impedida de trabalhar livremente na Faixa de Gaza desde o início da guerra, depende da cobertura realizada por jornalistas palestinos. O primeiro-ministro israelense anunciou um plano para permitir a entrada de repórteres estrangeiros acompanhados pelo Exército, mas sem definir datas.

A transmissão da Al Jazeera está proibida em Israel, e seus escritórios foram fechados em maio.

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