O Exército de Israel iniciou os “primeiros estágios” da tomada da Cidade de Gaza, o centro urbano mais populoso da Faixa de Gaza, e já controla os arredores, conforme anúncio do porta-voz Effie Defrin. A ofensiva, que envolve uma ampla operação terrestre com tanques, soldados e bombardeios, faz parte de um plano para a captura total do território palestino, aprovado pelo gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
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O gabinete de Netanyahu ordenou ao Exército a “redução dos prazos” para assumir o controle de redutos do Hamas e derrotar o grupo terrorista. A nova ofensiva ocorre após um confronto com o Hamas. Israel convocou 60 mil reservistas.
A operação militar na Cidade de Gaza e arredores será “progressiva, precisa e seletiva”, segundo um comandante militar israelense. A operação “vai continuar até 2026”, antecipou a militar.
Nos últimos dias, a Cidade de Gaza tem sido alvo de intensos bombardeios, atingindo bairros como Zeitun e Al Sabra. A tomada gradual de Gaza ocorre após divergências sobre os próximos passos para a vitória contra o Hamas. Um comandante militar receava que uma investida expandida colocasse em perigo as vidas dos reféns em poder do Hamas.
O governo não especificou quando as tropas israelenses entrarão de forma mais ampla na Cidade de Gaza, onde mais de um milhão de palestinos estão refugiados.
Os planos israelenses de expandir a guerra, após 22 meses de combates e mais de 61 mil mortos, geraram críticas internacionais e oposição interna. Recentemente, Israel foi criticado pela morte de seis jornalistas que atuavam na Faixa de Gaza.
Especialistas alertaram para o risco de fome generalizada em Gaza, onde Israel restringiu a entrada de ajuda humanitária.
Mediadores aguardam uma resposta oficial de Israel a uma proposta de cessar-fogo de 60 dias aprovada pelo Hamas, que concordou em libertar metade dos reféns. O gabinete de Netanyahu exigiu a libertação de todos os reféns e não sinaliza trégua.
O ataque do Hamas em outubro de 2023 resultou na morte de 1.219 pessoas. A ofensiva israelense causou a morte de mais de 61.500 palestinos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.