O Exército de Israel declarou ter realizado ataques a três instalações nucleares no Irã, localizadas em Natanz, Arak e Isfahan, na madrugada desta quinta-feira. A ação tem como objetivo, segundo o governo israelense, impedir o avanço do programa nuclear iraniano. Os ataques representam uma intensificação do conflito entre os dois países, que se acentuou desde a última sexta-feira.
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Um dos alvos prioritários foi o reator de água pesada em Arak, situado a cerca de 250 km de Teerã. Imagens de satélite mostram o antes e depois do ataque ao reator. O governo iraniano confirmou o ataque por meio da de Notícias Estudantil Iraniana (ISNA), que informou que o local foi evacuado previamente e que não há risco de contaminação radioativa.
A água pesada é utilizada para resfriar reatores, mas também pode gerar plutônio, um subproduto com potencial para ser utilizado na fabricação de armas nucleares. Além de Arak, um centro de desenvolvimento nuclear em Natanz, conhecido por atividades de enriquecimento de urânio, também foi alvo dos ataques. Em Isfahan, detalhes sobre a instalação atingida não foram divulgados.
Inicialmente, Israel havia anunciado um ataque à usina nuclear de Bushehr, a única em operação no Irã. No entanto, a informação foi posteriormente corrigida por um porta-voz militar, que classificou a divulgação como um engano. Questionado sobre a possibilidade de um ataque futuro a Bushehr, um oficial israelense se absteve de confirmar ou negar a operação. A Rússia, que possui técnicos atuando em Bushehr, solicitou formalmente a Israel que interrompa ações militares na região.
Em meio à escalada do conflito, o Irã retaliou com o lançamento de mísseis contra o Soroka Medical Center, o principal hospital do sul de Israel, localizado em Beersheba. A estrutura sofreu danos, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, visitou o local após o ataque. Durante uma coletiva de imprensa, Netanyahu reiterou o compromisso de seu governo em combater a ameaça nuclear iraniana, afirmando que o país persa não pode ter armas nucleares. A expectativa agora é de um possível envolvimento dos Estados Unidos no conflito, com Israel pressionando Washington a agir contra as instalações subterrâneas iranianas de enriquecimento de urânio.