O Irã realizou um funeral de Estado neste sábado para homenagear cerca de 60 oficiais superiores e cientistas nucleares, vítimas fatais da recente guerra com Israel, que teve início em 13 de junho. A cerimônia acontece em meio a um cessar-fogo instável entre Teerã e Tel Aviv, e sob novas tensões geradas por declarações do presidente dos Estados Unidos.
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Milhares de pessoas se reuniram no centro de Teerã para acompanhar o cortejo fúnebre, carregando bandeiras iranianas e retratos dos comandantes mortos. Os caixões, adornados com a bandeira nacional, simbolizavam o luto pelos “mártires da guerra imposta pelo regime sionista”, conforme declarações da televisão estatal.
Entre os homenageados, destacava-se Mohammad Bagheri, um general de alta patente das forças armadas, responsável pelo exército, pela Guarda Revolucionária e pelo programa de mísseis do país. Sua atuação era diretamente supervisionada pelo líder supremo.
O cortejo, partindo da Praça Enghelab em direção à Praça Azadi, contou com a presença do presidente iraniano, Massud Pezeshkian, e do general Esmail Qaani, chefe da Força Quds. Ali Shamkhani, conselheiro do líder supremo, também marcou presença, utilizando uma bengala devido a ferimentos sofridos durante o conflito.
Manifestantes exibiam faixas com frases como “Boom, boom Tel Aviv”, em referência aos mísseis iranianos disparados contra Israel.
Na manhã deste sábado, o chanceler iraniano, Abbas Araghchi, respondeu às declarações do presidente americano, que afirmou ter “salvado” o aiatolá iraniano Ali Khamenei. Araghchi criticou o tom desrespeitoso e inaceitável em relação ao líder supremo iraniano, negando a intenção de Teerã de retornar às negociações com Washington.
O presidente americano declarou que consideraria bombardear o Irã novamente se o país enriquecesse urânio para fabricar armas nucleares, criticando Teerã por alegar ter vencido a guerra contra Israel e suspendendo as discussões sobre alívio de sanções.