Em meio a uma crescente escalada de conflitos aéreos com Israel, o Irã considera abandonar o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP). Parlamentares iranianos estão preparando um projeto de lei para retirar o país do tratado, do qual é signatário desde 1970.
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A ação ocorre enquanto o Irã e Israel se enfrentam em intensos ataques aéreos, que já duram quatro dias. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Esmaeil Baghaei, declarou que “à luz dos acontecimentos recentes, tomaremos uma decisão apropriada” e que o governo deve implementar os projetos aprovados pelo parlamento, coordenando as próximas etapas.
O TNP permite que os países busquem energia nuclear para fins civis, desde que renunciem às armas nucleares e cooperem com a Internacional de Energia Atômica (AIEA). Israel, por sua vez, não é signatário do tratado e é amplamente considerado como possuidor de armas nucleares, embora o governo israelense não confirme nem negue.
A mídia estatal iraniana informou que o parlamento ainda não tomou uma decisão final sobre a saída do TNP, e um parlamentar afirmou que a proposta está nos estágios iniciais do processo legal.
O conflito, que atingiu um novo patamar de intensidade, já deixou um rastro de destruição e mortes. Até o momento, foram contabilizados pelo menos 224 mortos no Irã e 22 em Israel. Áreas residenciais, instalações nucleares e de petróleo foram atingidas no Irã, enquanto em Israel, ataques atingiram refinarias e cidades, incluindo Tel Aviv.
Israel lançou a “Operação Leão Ascendente” com um ataque que danificou instalações nucleares e matou parte da cúpula militar iraniana. O Irã respondeu com mísseis que atingiram áreas residenciais e instalações de petróleo em Israel. Autoridades israelenses afirmam que ainda há uma longa lista de alvos no Irã.