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Investigação das mortes em operação no RJ tem graves falhas, diz ONG

A Human Rights Watch criticou falhas cruciais na investigação das mortes durante a Operação Contenção no Rio, apontando possível desinteresse das autoridades. [...]

Human Rights Watch critica a condução das investigações sobre as mortes na Operação Contenção, apontando desinteresse proposital.

A Human Rights Watch criticou falhas cruciais na investigação das mortes durante a Operação Contenção no Rio, apontando possível desinteresse das autoridades.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

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A Human Rights Watch criticou a investigação das 121 mortes na Operação Contenção, ocorrida no Rio de Janeiro em outubro, apontando falhas cruciais e possível desinteresse das autoridades. A ONG destaca a não preservação dos locais dos tiroteios e a dificuldade de acesso ao IML, prejudicando a coleta de informações essenciais. César Muñoz, diretor da HRW no Brasil, defende uma investigação rápida, completa e independente, com perícia separada da Polícia Civil e participação do Ministério Público. Familiares relataram indícios de execução e tortura, enquanto as polícias civil e militar do Rio não se manifestaram sobre as críticas.

A Organização Não Governamental (ONG) Human Rights Watch (HRW) expressou sérias preocupações sobre a condução das investigações relacionadas às 121 mortes ocorridas durante a Operação Contenção, realizada no Rio de Janeiro em 28 de outubro. A HRW alega que a polícia cometeu falhas “cruciais” e aponta para um possível “desinteresse proposital” devido ao envolvimento de uma população majoritariamente negra e de baixa renda.

Segundo a HRW, uma das falhas mais graves foi a não preservação dos locais dos tiroteios para análise, o que é fundamental para determinar as circunstâncias das mortes. A organização também criticou a dificuldade de acesso da Defensoria Pública e de observadores independentes ao Instituto Médico Legal (IML), onde os corpos foram removidos.

A Operação Contenção mobilizou 2.500 policiais para atacar pontos estratégicos da facção Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha. No primeiro dia, 64 pessoas morreram, incluindo civis desarmados e crianças. As demais mortes ocorreram em área de mata na serra da Misericórdia, após uma emboscada do Bope.

Falhas na Investigação

A HRW destaca que a ausência de perícia e de isolamento dos locais de morte prejudica a coleta de informações cruciais, como a verificação se as vítimas realizaram disparos de armas de fogo. Familiares relataram sinais de rendição, como mãos e pernas amarradas, e indícios de execução e tortura.

César Muñoz, diretor da HRW no Brasil, enfatizou a urgência de uma investigação rápida, completa e independente de cada morte, bem como das decisões e do planejamento da operação. A ONG também defende a separação da perícia da Polícia Civil e investimentos em análises forenses independentes.

A HRW recomenda a presença de peritos independentes e a condução das investigações pelo Ministério Público. Até o momento, as polícias civil e militar do Rio de Janeiro não se manifestaram sobre as críticas.

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