Ministério Público questiona gastos e inatividade de veículos doados, expondo risco de deterioração e desperdício de recursos públicos.
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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul instaurou inquérito para apurar por que a Prefeitura de Campo Grande mantém ambulâncias alugadas com frota nova parada.
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul instaurou um inquérito civil para apurar a manutenção de ambulâncias alugadas pela Prefeitura de Campo Grande, em um cenário onde 12 viaturas novas, recebidas entre dezembro de 2024 e abril de 2025, permanecem inativas. A investigação foca na contradição de gastos públicos com locação de veículos, enquanto equipamentos doados estariam sem uso na capital sul-mato-grossense.
Uma vistoria técnica, realizada em setembro, confirmou que seis das ambulâncias doadas estão paradas na base do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), enquanto cinco veículos alugados continuam em operação. O contrato de locação, firmado em julho de 2024, gera um custo mensal de R$ 14.295,25 por unidade, totalizando mais de R$ 70 mil mensais em despesas, mesmo com decretos de contenção de gastos em vigor na administração municipal.
A administração local justificou a não ativação da frota nova pela ausência de equipes. No entanto, o órgão fiscalizador argumenta que os profissionais atualmente empregados nos veículos alugados poderiam ser realocados para as ambulâncias recém-adquiridas. Para a promotoria, essa conduta administrativa vai de encontro aos princípios de economicidade e eficiência, além de expor as viaturas doadas ao risco de deterioração por inatividade prolongada.
O caso ganhou notoriedade após relatos de uma família que precisou custear a transferência de um paciente, enquanto ambulâncias novas aguardavam estacionadas. O Ministério Público enfatiza que a paralisação prolongada pode comprometer a integridade dos veículos e resultar em um desperdício significativo de recursos. Para esclarecer a situação e os motivos da continuidade do contrato de locação, ofícios foram enviados à Prefeitura, à Câmara Municipal e aos parlamentares envolvidos, solicitando explicações detalhadas sobre o uso das ambulâncias e o atraso na incorporação dos novos equipamentos.