Um incêndio de grandes proporções no sul da França resultou na morte de uma pessoa e deixou nove feridos nesta quarta-feira. As chamas, que começaram na terça-feira no departamento de Aude, representam o maior incêndio da temporada no país desde o início do verão no Hemisfério Norte.
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O fogo se espalhou rapidamente, consumindo 15.000 hectares de área florestal e atingindo 15 municípios. Em Saint-Laurent-de-la-Cabrerisse, uma idosa faleceu em sua residência, enquanto outras duas pessoas ficaram feridas, uma delas gravemente queimada. Sete bombeiros também sofreram ferimentos devido à inalação de fumaça. Inicialmente, uma pessoa havia sido dada como desaparecida.
As autoridades mobilizaram 1.200 bombeiros para combater as chamas. A situação é agravada pela seca, pelo calor e pelos fortes ventos, conforme declarado por Lucie Roesch, secretária-geral da prefeitura de Aude.
A autoestrada A9, que liga a França à Espanha ao longo da costa mediterrânea, foi fechada entre Narbona e Perpignan, juntamente com diversas estradas secundárias. A evacuação parcial de dois campings e um povoado foi necessária. O incêndio danificou 25 casas, 35 carros e deixou 2.500 residências sem eletricidade, segundo um balanço provisório.
Moradores relatam momentos de pânico. David Cerdan, residente de Saint-Laurent-de-la-Cabrerisse, que mora próximo à casa da vítima fatal, teve apenas seu jardim atingido pelas chamas. Jacques Lavergne, de 68 anos, resgatou sua sogra de 90 anos em Tournissan, relatando ter sentido muito medo devido à proximidade das chamas e ao calor intenso. Em Port-la-Nouvelle, a cerca de 30 quilômetros do foco principal, o ar se tornou irrespirável devido ao cheiro de queimado.
O presidente Emmanuel Macron solicitou “máxima precaução” à população e garantiu a mobilização de todos os recursos do país. Uma investigação foi aberta para apurar as causas do incêndio, que teve início na região de Ribaute. A frequência crescente de incêndios florestais e a diminuição de áreas de vinhedos, que antes ajudavam a conter o avanço das chamas, contribuíram para agravar a situação. Aude Damesin, moradora de Fabrezan, lamentou os impactos negativos sobre a fauna, a flora e as pessoas que perderam seus bens.