Jorge Lopes Cardoso, internado na Santa Casa de Campo Grande, denuncia demora e 'jogo de empurra' entre hospitais.
Jorge Lopes Cardoso, internado após acidente de moto, aguarda cirurgia há mais de um mês e denuncia impasse entre hospitais em MS.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
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Internado há mais de um mês em Campo Grande, Jorge Lopes Cardoso, morador de Anastácio, aguarda por cirurgia na Santa Casa após um grave acidente de moto. Apesar de estar com um fixador na perna e sentir dores intensas, o trabalhador ainda não conseguiu realizar o procedimento necessário e denuncia o que chama de ‘jogo de empurra’ entre os hospitais sobre seu caso.
Jorge foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros no dia 22 de setembro e levado ao hospital de Aquidauana, onde passou por um procedimento de emergência para evitar a perda da perna. Segundo ele, o hospital de Aquidauana o encaminhou para a Santa Casa de Campo Grande para dar continuidade ao tratamento, pois o caso exige uma cirurgia mais complexa no joelho e na perna.
No entanto, desde que chegou à unidade, o paciente afirma não ter recebido o atendimento necessário e relata viver um impasse entre as duas instituições. “Aqui eles não querem mexer porque dizem que não trabalham em cima do serviço de outro médico. Já Aquidauana não me aceita de volta, porque dizem que a cirurgia é muito complexa para fazer lá”, conta Jorge. Ele afirma que o hospital do interior chegou a informar que seu nome nem consta mais no sistema e que o encaminhamento para Campo Grande permanece válido.
Sofrimento e Espera
Enquanto não opera e fica entre as incertezas dos hospitais, o paciente vive diariamente com dores, usando morfina para controlar. “Minha perna está inchando cada vez mais, eu já não consigo nem levantar.
Fica um jogo de empurra, um jogando para o outro, e quem sofre sou eu”, desabafa.
Jorge relata ainda que tentou ajuda junto à ouvidoria da Santa Casa, mas não obteve retorno. “Eles falaram que é uma questão de médico para médico, mas enquanto isso eu continuo aqui, sem cirurgia e com muita dor”, lamenta.
A reportagem entrou em contato com a Santa Casa de Campo Grande sobre o caso do paciente e aguarda retorno.
