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Haddad Quer Fim das Bets: “Roubada” e Problema de Saúde Pública, Diz Ministro

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou forte oposição às empresas de apostas, defendendo a proibição das “bets” no Brasil. Segundo ele, o setor representa [...]

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou forte oposição às empresas de apostas, defendendo a proibição das “bets” no Brasil. Segundo ele, o setor representa um “problema de saúde pública sério”. A declaração foi feita durante uma entrevista, onde também abordou temas como isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil e taxação de grandes fortunas.

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defende a proibição das "bets" no Brasil, classificando o setor como um problema de saúde pública e uma "roubada". Haddad alega que o governo perdeu R$ 40 bilhões em impostos devido à isenção concedida no governo anterior e suspeita de lavagem de dinheiro através de fintechs ligadas ao crime organizado, compartilhando informações com o Banco Central e a Polícia Federal. O Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR) rebate as críticas, afirmando que a regulamentação já gerou R$ 2,3 bilhões em outorgas e R$ 3 bilhões em tributos entre janeiro e maio, e que as declarações do ministro criam insegurança jurídica. Haddad sugere restrições à publicidade das empresas de apostas, comparando-as às regulamentações sobre bebidas e cigarros, e expressa que, se dependesse dele, as apostas não seriam autorizadas no país.

Haddad afirmou que o governo só teve acesso aos dados do setor após a regulação das apostas no final do ano anterior. Ele apontou uma perda de R$ 40 bilhões em impostos devido à isenção concedida pelo governo anterior nos últimos quatro anos, com suspeitas de que esse montante foi remetido para fora do país.

Informações do setor estão sendo compartilhadas com o Banco Central e a Polícia Federal, devido a suspeitas de que o mercado de apostas ilegais utiliza fintechs para lavagem de dinheiro e outras práticas ligadas ao crime organizado. O ministro também destacou os problemas familiares graves associados ao vício em apostas e o excesso de publicidade das empresas do setor. Ele sugeriu restrições mais severas à propaganda, comparando-as às regulamentações sobre bebidas e cigarros.

Haddad enfatizou a necessidade de distinguir entre jogos de azar e apostas esportivas, observando que a maioria dos apostadores tem menos de 40 anos e que a fiscalização precisa ser intensificada. Ele declarou que, se dependesse de sua decisão, as empresas de apostas não seriam autorizadas a operar no Brasil. “Se fosse aparecer um projeto na Câmara Federal, continua ou para, eu apertava o botão do para. Não tem arrecadação que justifique essa roubada que nós chegamos. É muito ruim o que está acontecendo”, afirmou.

Em resposta às críticas, o Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR) argumentou que o ministro desviou o foco do problema, ignorando os resultados positivos da regulamentação. De acordo com a entidade, o governo já arrecadou R$ 2,3 bilhões em outorgas licenciadas e R$ 3 bilhões em contribuições tributárias e sociais entre janeiro e maio. O IBJR defende que declarações que diminuem a importância do ambiente regulado criam insegurança jurídica, desestimulam investimentos e fortalecem as operações ilegais.

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