Mato Grosso do Sul enfrenta um ano crítico em relação à Influenza, com um número alarmante de óbitos que já ultrapassa os registros dos dois anos anteriores. O ano de 2025 se configura como o mais letal desde o início da série histórica em 2009, atingindo a marca de 171 mortes no estado.
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A mais recente vítima é uma mulher de 66 anos, residente em Três Lagoas, que não resistiu à gripe H1N1 e teve seu óbito confirmado em 31 de julho. A paciente possuía histórico de doença cardiovascular crônica e obesidade, comorbidades que podem ter contribuído para a gravidade do quadro.
Um boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES), divulgado nesta sexta-feira (8/8), revela a dimensão do impacto da Influenza em 2025, superando o total de 71 óbitos em 2024 e 65 em 2023.
O boletim aponta que, dos 7.283 casos notificados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), 1.041 foram confirmados como Influenza. Dentre as mortes, 119 foram causadas pelo vírus Influenza A H1N1, duas pelo H3N2, 45 por Influenza A não subtipada e cinco por Influenza B.
A análise do perfil das vítimas fatais revela que a faixa etária acima de 80 anos concentra a maior parte dos óbitos, representando 28,9% do total, o que equivale a 50 casos. Em seguida, as faixas etárias de 60 a 69 anos e 70 a 79 anos apresentam, cada uma, 24,3% dos óbitos, totalizando 42 mortes em cada grupo.
Quanto aos casos de internação, as pessoas entre 70 e 79 anos e aquelas com mais de 80 anos lideram o ranking, com 18% e 18,1%, respectivamente. Crianças de um a nove anos também figuram entre os mais afetados, com 17% dos casos de internação.
Diante deste cenário, a imunização continua sendo apontada como a principal forma de prevenção contra a gripe. Em Dourados, a administração municipal disponibiliza doses da vacina em todos os postos de saúde, de segunda a sexta-feira, das 7h às 11h e das 13h às 17h. O Pronto Atendimento Médico (PAM) também oferece a vacina, com horários de atendimento estendidos durante a semana e plantão aos fins de semana.
