PUBLICIDADE

Governo Repudia Grito Pró-Tortura em Formatura da PM e Abre Investigação

Mato Grosso do Sul anunciou, nesta quinta-feira (1º), a abertura de uma rigorosa apuração sobre um grito de guerra entoado por novos policiais militares, que [...]

Mato Grosso do Sul anunciou, nesta quinta-feira (1º), a abertura de uma rigorosa apuração sobre um grito de guerra entoado por novos policiais militares, que gerou indignação e forte repercussão nas redes sociais. O motivo da polêmica reside no conteúdo da canção, que contém frases com aparente apologia à tortura.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Resumo rápido gerado automaticamente

O governo de Mato Grosso do Sul abriu investigação após a divulgação de um vídeo com novos policiais militares cantando um grito de guerra com apologia à tortura durante a formatura da 38ª turma da PMMS, em Campo Grande, que diplomou 427 soldados. A canção, que inclui frases como "Bate na cara, espanca até matar" e "é faca da PM que cancela CPF", gerou indignação e críticas de especialistas como a advogada Giselle Marques, que a classificou como apologia ao crime. O governo estadual repudiou o ocorrido, classificando-o como uma manifestação isolada e garantiu a apuração do caso e aplicação de sanções. A repercussão dividiu opiniões entre militares e internautas, com alguns minimizando o fato e outros expressando preocupação com a apologia à violência.

Em nota oficial, o governo estadual expressou repúdio a “quaisquer condutas que incentivem a violência” e garantiu que serão adotadas medidas imediatas para investigar o caso e aplicar as sanções cabíveis. A gravação que circula online revela trechos com frases como “Bate na cara, espanca até matar”, “arranca a cabeça e joga ela pra cá” e “é faca da PM que cancela CPF”.

A canção teria sido cantada durante o curso de formação da 38ª turma da PMMS, cuja formatura, com 427 novos soldados, ocorreu na quarta-feira (31), em Campo Grande. O governo lamentou o ocorrido, classificando o episódio como uma “manifestação isolada”, dissociada dos valores e protocolos oficiais da corporação. Segundo a nota, a expressão utilizada não foi criada pela instituição e não integra seus procedimentos. A preparação dos policiais inclui disciplinas focadas na valorização da vida, respeito às minorias e atuação comunitária.

Especialistas e defensores dos direitos humanos manifestaram forte crítica ao conteúdo. Para a advogada Giselle Marques, o discurso é “inaceitável” e representa “apologia ao crime”. “Usar a tortura em interrogatório é algo que repugna nossa condição de pessoa civilizada”, afirmou.

A repercussão do caso dividiu opiniões também entre militares e internautas. Um policial, que preferiu não se identificar, minimizou o fato, alegando que “é apenas uma canção” que “sempre existiu” e não trará prejuízos aos formandos. Por outro lado, uma usuária das redes sociais manifestou preocupação, afirmando que “temos vivenciado uma sociedade cada vez mais violenta e, em vez do aprendizado de técnicas humanizadas, vemos essa apologia à barbárie”.

O governo conclui a nota reiterando que forma policiais para “defender a sociedade, a vida, a segurança e a paz”.

Leia mais

Rolar para cima