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Gilmar Mendes Nega Acordo com Bolsonaro e Admite Ser “Interlocutor”

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta segunda-feira ter mantido conversas recentes com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A declaração surge [...]

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta segunda-feira ter mantido conversas recentes com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A declaração surge após a divulgação de mensagens da Polícia Federal (PF) nas quais Bolsonaro orienta seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), a evitar críticas ao ministro.

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O ministro do STF Gilmar Mendes negou ter conversado recentemente com Jair Bolsonaro, embora admita ser um "interlocutor" que dialoga com diferentes espectros políticos. Mensagens da PF revelaram que Bolsonaro orientou seu filho a evitar críticas a Mendes, mencionando diálogo com membros do STF e preocupação com sanções. Gilmar Mendes defendeu Alexandre de Moraes de possíveis sanções e criticou a declaração de André Mendonça sobre ativismo judicial, citando a atuação do STF na pandemia. O ministro também afirmou que a decisão sobre a inelegibilidade de Bolsonaro já transitou em julgado, refutando a possibilidade de reversão mencionada por Valdemar Costa Neto.

Segundo as mensagens, Bolsonaro teria pedido a Eduardo para “esquecer qualquer crítica ao Gilmar”, mencionando que estava em diálogo com membros do STF e que “todos ou quase todos demonstram preocupação com as sanções”. A conversa ocorreu antes da aplicação da lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes.

Gilmar Mendes confirmou ter mantido conversas com Bolsonaro no passado e admitiu ser um “interlocutor” que conversa com “todos os lados da política”. Ele explicou que, em suas conversas anteriores com o ex-presidente, buscou “desmistificar teorias conspiratórias”.

O ministro também defendeu Alexandre de Moraes das críticas e possíveis sanções, afirmando que não há justificativa para a aplicação da lei Magnitsky e que o STF apoia integralmente o ministro. Ele ressaltou a importância da atuação de Moraes no comando dos inquéritos que apuram a trama golpista, sugerindo que “talvez não estivéssemos aqui hoje” sem essa atuação.

Ao comentar sobre a declaração do ministro André Mendonça sobre ativismo judicial, Gilmar Mendes citou a atuação do STF durante a pandemia como exemplo de que a “contenção” teria levado a um número ainda maior de mortes. Ele argumentou que a democracia constitucional impõe limites e que “não há espaço para brincadeiras” com a lei.

Em relação à declaração do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, sobre a possibilidade de reverter a inelegibilidade de Bolsonaro com a mudança na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes afirmou que a decisão “já transitou em julgado” e que “não há espaço para brincadeiras nessa temática”.

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